Fiquei contente quando recebi a notícia dada pela Fátima de que à blogosfera tinha chegado o "chapéu e bengala". Logo antevi um auto-retrato do Manuel Medeiros, livreiro respeitado e sábio que em Setúbal insiste na leitura, na leitura, na leitura. Um exemplo: há dias, na Culsete - a livraria e o canto do Medeiros -, estava um prospecto a anunciar um desses livrecos "light", do momento, com história de amor e de maledicência entre personagens da nossa praça, uma história daquelas que se alimenta da invasão ou da exposição da privacidade. E qual foi a reacção do Medeiros? "Não vou ter. Estou farto de ver papel... Quero é livros!" Entende-se...
Mas dizia que fiquei contente com esta entrada de chapéu e bengala. Fui logo até lá, a esta praça bloguística, à procura. E lá estava a graça, a seriedade, a acutilância e o riso do Medeiros. O "velho livreiro" (assim assina) passa a partilhar a tertúlia e a discussão. E quer que outros lá cheguem. Vale mesmo a pena!
1 comentário:
Como se lança num blogue um comentário? Agora também isso sou instigado a saber.A ver se consigo. É obrigatório por causa do Chapéu e Bengala? Por isso telefonava-lhe para o telemóvel. Ria-me para não mostrar-me comovido e dizia obrigado. O que me pediu comentário foi o Romeu Correia. E eu triste por já ninguém estar a ler Romeu Correia. Fizemos amizade. Gostava muito de Setúbal. A sua peça sobre Bocage. Vinha à Culsete. Fez-se alguma coisa pela sua obra. Treinador de sua mulher, campeã de atletismo. Natural de Sesimbra. E conseguiu-se que a edilidade lhe fizesse uma homenagem. Enfim... Um autor que precisava de ser lembrado e de voltar às livrarias e ser lido e relido. Bem haja!
M. Medeiros
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