«Exames Biologia e Geologia e Português – Alteração de critérios de correcção de exames nacionais preocupa professsores – A anunciada alteração nos critérios de correcção nas respostas fechadas de "verdadeiro/falso" nos próximos exames nacionais de Biologia e Geologia e de Português está a indignar e a preocupar professores e alunos. Mónica Maia-Mendes, da Ordem dos Biólogos (OB), considera que, a verificar-se, as consequências são "muito graves"; Edviges Ferreira, vice-presidente da Associação de Professores de Português (APP), pensa que será "um escândalo".Para se perceber o que está em causa, basta comparar o que se verificou no ano passado com o que pode acontecer este ano. Por exemplo: na prova de exame de Biologia e Geologia da 2.ª fase de 2008 existiam quatro questões de resposta fechada "verdadeiro/falso". E essas quatro tinham, cada uma, oito afirmações que os alunos deviam assinalar como verdadeiras ou como falsas. Obtinham a classificação máxima, 10 pontos (ou um valor), se acertassem sete, ou seja, ainda que errassem uma. E havia classificações intermédias - sete pontos (para quem tivesse cinco ou seis respostas certas) e três pontos (para três ou quatro). Este ano é diferente no que respeita às provas da disciplina de Biologia e Geologia e da de Português, ambas para o 11.º ou 12.º anos. De acordo com o Gave - Gabinete de Avaliação Educacional (http://www.gave.min-edu.pt/), a cotação total do item só é atribuída "às respostas que identifiquem correctamente todas as afirmações". "São classificadas com zero pontos as respostas em que pelo menos uma das afirmações é identificada de forma incorrecta", "não há lugar a classificações intermédias", pode ler-se. (...)»
O que se pretende avaliar com um exame? O que se pretende avaliar com um teste? O que o aluno sabe ou o que o aluno não sabe? Não é apenas um jogo de palavras; é uma interrogação com que fui confrontado na minha formação e que me preocupa aquando da elaboração de um teste.
Há dias, li a justificação que Sebastião da Gama apresentou para um projecto de ponto de exame em Março de 1950 (publicada na 13ª ed. do Diário). E assim dizia o primeiro considerando: “Quero que o exame seja apenas mais uma aula – e, daí, que seja ameno e agradável; que ensine ainda – em vez de se limitar a averiguar do aprendido; que apareça tão naturalmente, tão fatalmente, como aparece uma aula qualquer: flor que tem a sua raiz, o seu caule, as suas folhas, a sua seiva, em muitas aulas anteriores; inadmissível, sem elas, a sua existência.”
Que distância de princípios! Que diferença de princípios! Para melhor? Por justiça com o saber?
O que se pretende avaliar com um exame? O que se pretende avaliar com um teste? O que o aluno sabe ou o que o aluno não sabe? Não é apenas um jogo de palavras; é uma interrogação com que fui confrontado na minha formação e que me preocupa aquando da elaboração de um teste.
Há dias, li a justificação que Sebastião da Gama apresentou para um projecto de ponto de exame em Março de 1950 (publicada na 13ª ed. do Diário). E assim dizia o primeiro considerando: “Quero que o exame seja apenas mais uma aula – e, daí, que seja ameno e agradável; que ensine ainda – em vez de se limitar a averiguar do aprendido; que apareça tão naturalmente, tão fatalmente, como aparece uma aula qualquer: flor que tem a sua raiz, o seu caule, as suas folhas, a sua seiva, em muitas aulas anteriores; inadmissível, sem elas, a sua existência.”
Que distância de princípios! Que diferença de princípios! Para melhor? Por justiça com o saber?
2 comentários:
Pois é meu caro amigo e colega, isto é muito complicado... ou complicam!!
isto nao é complicado isto é completamente ridiculo...
a ideia é fazer descer as médias a cada ano que passa
so prejudicam cada vez mais os alunos que pretendem ingressar no ensino superior.
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