O chamado "Quartel do 11", em Setúbal, que, ao tempo em que Bocage ali ingressou, era o "Regimento de Infantaria de Setúbal", está desactivado há anos, tantos quantos a burocracia ou o desinteresse pelo património público têm permitido, tantos quantos os setubalenses têm visto passar sem que o(s) nó(s) tenha(m) sido desenvencilhado(s) por soluções visíveis com interesse local e regional, pelo menos. Por estes dias - não sei quando foi, só hoje vi -, alguém, numa das paredes do "Quartel do 11", numa das zonas mais conhecidas da cidade, entendeu registar a reclamação, um pouco à maneira de outra que há anos correu o país escarrapachada na barragem de Alqueva... isso mesmo: "Aqui só um Centro Cultural, porra!"
Duas preocupações assomam: a da degradação progressiva do património público construído, por um lado; a da necessidade de um espaço para as actividades e organizações culturais partilhadas e participadas, por outro. Duas coisas que, em Setúbal, se sabe muito bem que têm sido sentidas!
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