sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Coisas de que Octávio Machado fala (1)

As finais da Taça de Portugal no Estádio Nacional
"Discutia-se então, como ainda hoje, aliás, o facto de todas as equipas terem de se deslocar a Lisboa para disputarem a final da taça. Os defensores do Jamor argumentavam com a simbologia do Estádio Nacional, o que, quanto a mim, não faz qualquer sentido. Por exemplo, tivemos aqui uma fase final de um Campeonato da Europa e nem um jogo se realizou no Estádio Nacional. Como é que isto se explica? No Estádio Nacional só se disputa a final da taça, não é utilizado para mais nada nem por mais ninguém. Antigamente ainda se podia dizer que a Selecção Nacional jogava lá, porque de facto fazia lá muitos jogos, mas neste momento já nem isso acontece. Serve para treinos, principalmente do Benfica, e pouco mais. Atletismo sim, é muito praticado no Jamor, mas futebol é quase nulo. Nem as selecções jovens lá jogam. Agora, fazer-se a defesa do Estádio Nacional porque tem uma certa simbologia, dizer-se isso é demagogia... No princípio da temporada devia definir-se qual o estádio para a final da Taça de Portugal, como acontece na Liga dos Campeões. É ali naquele estádio e acabou. Todos os anos rodava e assim levar-se-ia a festa da Taça de Portugal, a festa do futebol, a locais diversos do país. Com isso se conseguiria a promoção do futebol, e mesmo em termos turísticos era importante, porque essas regiões também eram promovidas, todos ficavam a ganhar."
Octávio Machado. Vocês sabem do que estou a falar. Col. "Livros d'Hoje". Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2008, pg. 55.

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