O fascínio da paisagem do Cabo Espichel no seu quê de encontro com o horizonte, de envolvimento místico, de abrupto final de terra que se confronta com o mar, de sítio histórico e religioso, pode ser visto nas fotografias de José Arsénio, editadas no terceiro volume da colecção “Patrimónios” que a autarquia sesimbrense tem a seu cargo (Cabo Espichel. Sesimbra: Câmara Municipal de Sesimbra, 2008)
A publicação mostra e conta o sítio a partir de vários ângulos, com a ajuda de uma objectiva que se intromete no tempo e na história, num jogo entre os longes e o perto, entre a distância do tempo e actualidade. Paralelamente, corre o texto (devido a Luís Jorge Gonçalves, Anabela Santos e Paulo Sá Caetano), que conta histórias vividas no Cabo, sobretudo de cunho religioso: desde a lenda do aparecimento da imagem de Nossa Senhora (séc. XV) até à construção do santuário da Senhora do Cabo (séc. XVIII), com passagem pelas Casas dos Círios; desde o patrocínio que a este encontro deram reis e populares até às marcas pictóricas e arquitectónicas da arte que faz viver o sítio e contar a história; desde os cómodos proporcionados aos romeiros pela “mãe-d’água” (séc. XVIII) até ao recinto festivo, onde o profano convivia com o peregrinar da fé; desde a ponta que, do lado do mar, anuncia a Arrábida até à importância arqueológica do local, não esquecendo os registos de dinossauros.
O leitor pode acompanhar a evocação do lugar, seja pelas imagens apelativas (dos espaços exteriores ou do interior do santuário, com destaque para as reproduções do seu tecto), seja pelas notícias históricas que, em breves apontamentos, vão sendo dadas, havendo mesmo a possibilidade de acompanhar a romagem que aqui fez o príncipe herdeiro D. João em 1784, seja pela forma de contar a história desde o aparecimento da imagem até à construção do santuário que o conjunto azulejar da Ermida da Memória permite. É uma memória, um olhar sobre o presente o passado, na contemplação do tempo, da paisagem e da história.
A publicação mostra e conta o sítio a partir de vários ângulos, com a ajuda de uma objectiva que se intromete no tempo e na história, num jogo entre os longes e o perto, entre a distância do tempo e actualidade. Paralelamente, corre o texto (devido a Luís Jorge Gonçalves, Anabela Santos e Paulo Sá Caetano), que conta histórias vividas no Cabo, sobretudo de cunho religioso: desde a lenda do aparecimento da imagem de Nossa Senhora (séc. XV) até à construção do santuário da Senhora do Cabo (séc. XVIII), com passagem pelas Casas dos Círios; desde o patrocínio que a este encontro deram reis e populares até às marcas pictóricas e arquitectónicas da arte que faz viver o sítio e contar a história; desde os cómodos proporcionados aos romeiros pela “mãe-d’água” (séc. XVIII) até ao recinto festivo, onde o profano convivia com o peregrinar da fé; desde a ponta que, do lado do mar, anuncia a Arrábida até à importância arqueológica do local, não esquecendo os registos de dinossauros.
O leitor pode acompanhar a evocação do lugar, seja pelas imagens apelativas (dos espaços exteriores ou do interior do santuário, com destaque para as reproduções do seu tecto), seja pelas notícias históricas que, em breves apontamentos, vão sendo dadas, havendo mesmo a possibilidade de acompanhar a romagem que aqui fez o príncipe herdeiro D. João em 1784, seja pela forma de contar a história desde o aparecimento da imagem até à construção do santuário que o conjunto azulejar da Ermida da Memória permite. É uma memória, um olhar sobre o presente o passado, na contemplação do tempo, da paisagem e da história.
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