Publicidade a qualquer custo? Não, obrigado.
Ontem, fui a Lisboa. Ao descer para a Praça do Marquês de Pombal, fui surpreendido por uma rotunda pontuada por enormes caixotes em cima dos quais assentam enormes bolas, com publicidade à TMN. Não sendo suficiente, há ainda uma tenda junto à base do monumento ao Marquês, virada para a Avenida da Liberdade. Achei uma aberração este aproveitamento da publicidade por um local identitário de Lisboa, sem qualquer respeito pelo equilíbrio das formas. A primeira (e má) impressão.
Passei também na Praça do Comércio. Idêntica situação. A praça não é o local de passeio, de construção da cidade, de ponto de observação para o Tejo e para a Outra Banda; a praça é o suporte publicitário, tão disparatado como o ter a mesma praça sido um parque de estacionamento. Segunda (e má) impressão.
Com o anoitecer, acendeu-se a iluminação no Cristo-Rei, em Almada. Uma dupla de anjos, sob os tons de azul e branco, chama a atenção. É Natal, pensa-se. Na base da iluminação, a Samsung punha a assinatura. Terceira (e má) impressão.
Nada tenho contra a publicidade. Admiro a sua capacidade engenhosa e a sua veia artística e criativa. Não lhe concedo o direito de se sobrepor a espaços como estes (carregados de simbolismo histórico, religioso ou mesmo urbano) nem o de contribuir, mesmo que a título de provocação ou inovação, para a poluição visual. Detestável.
Passei também na Praça do Comércio. Idêntica situação. A praça não é o local de passeio, de construção da cidade, de ponto de observação para o Tejo e para a Outra Banda; a praça é o suporte publicitário, tão disparatado como o ter a mesma praça sido um parque de estacionamento. Segunda (e má) impressão.
Com o anoitecer, acendeu-se a iluminação no Cristo-Rei, em Almada. Uma dupla de anjos, sob os tons de azul e branco, chama a atenção. É Natal, pensa-se. Na base da iluminação, a Samsung punha a assinatura. Terceira (e má) impressão.
Nada tenho contra a publicidade. Admiro a sua capacidade engenhosa e a sua veia artística e criativa. Não lhe concedo o direito de se sobrepor a espaços como estes (carregados de simbolismo histórico, religioso ou mesmo urbano) nem o de contribuir, mesmo que a título de provocação ou inovação, para a poluição visual. Detestável.
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