
...bom 2009 para todos os leitores!
Escrever sobre os momentos e sobre as coisas que os fazem. Porque sim.
Comecemos pelo fim. “A pequena frase que fazia sonhar todos os reclusos que seguiam as minhas aulas, porque ela abria todas as portas, frase que proferi milhares de vezes frente aos intercomunicadores: ‘Claudel, professor…’, frase que, doravante, não voltarei a proferir.” É o último parágrafo de O Barulho das Chaves, curta narrativa de Philippe Claudel (Alfragide: Edições ASA, 2008 – ed. orig.: Le bruit des trousseaux, 2006), que, à boa maneira da escrita autobiográfica, acaba por identificar o narrador, nunca nomeado ao longo da história, com a personagem que une todas as pequenas histórias que vão sendo contadas e com o autor, sobrepondo-os.
São cerca de três dezenas os textos que compõem Raio de luar (Lisboa: Oficina do Livro, 2003), conjunto de “artigalhada” produzida para jornais, em que revemos Luiz Pacheco na sua força e na sua coerência, apetecendo dizer com Rui Zink (que prefacia o livro): “Já fiz mais-valia com a leitura de Luiz Pacheco. Tradução: já ganhei muito com a sua leitura. E garanto que, nestes tempos cinzentos, não é coisa pouca, encontrar livros que nos dêem mais-valia.”
m ela, são inconcebíveis a vitória do comunismo na Rússia, a ascensão dos fascismos, Hitler e o Holocausto. A guerra fria foi o seu derradeiro produto.
ndial, a propósito dos 90 anos que, neste ano, passaram sobre esse acontecimento. O texto é simples, enunciando uma série de coisas sabidas sobre as consequências desse conflito. Associa a infografia e desenhos com alguns dados sobre os truques que o belicismo da época usou – dirigível, tanque, metralhadora, gás ou submarino – e indica alguns “mitos e curiosidades” associados – gripe pneumónica, o transporte de reservas em táxis para a frente do Marne, o ataque alemão ao Funchal, o fogo sobre Paris e os mortos portugueses em África.
parte dos quais no norte de Moçambique.
guerra, mas, tão diferentemente de nós, continuam a honrar os compromissos da memória! As razões podem ser muitas, históricas mesmo. Mas sobressai uma, que é a de uma má relação com a memória, que em Portugal se vai aboletando…
Veteranos ingleses da Primeira Grande Guerra Henry Allingham, Harry Patch e Bill Stone, nas cerimónias de Novembro de 2008 em Londres (revista Hello, 1048, 25.Nov.2008)
“Era uma vez… um rapazinho chamado Hans Christian Andersen, que vivia, há muitos, muitos anos, na aldeia de Odense, na Dinamarca.” Assim começa A maravilhosa história de Hans Christian Andersen (Lisboa: Vega, 2008), escrita por Spencer Johnson (bem conhecido por títulos como Quem mexeu no meu queijo?) e ilustrada por Zé Paulo (1937-2008, autor português de bd, com ampla obra, que faleceu nas vésperas deste Natal).
s de José Arsénio, editadas no terceiro volume da colecção “Patrimónios” que a autarquia sesimbrense tem a seu cargo (Cabo Espichel. Sesimbra: Câmara Municipal de Sesimbra, 2008).jpg)
e certo que, no futuro, ambas vão perder por causa desta confusão. Mas todos perderemos muito mais do que elas. Se me estiver a enganar, ficarei feliz…
O resultado aí está, neste livro que reúne nove narrativas de outros tantos jovens.
e classificar o trajecto dos 27 anos que Sebastião da Gama viveu; sobre a escrita, acentuará que é constituída por “páginas vivas e coloridas, cheias do brilho e do calor coloquial que ele era tão exímio a transmitir”; sobre a humanidade de um percurso de vida, afirma que “Sebastião da Gama, alma genuinamente sensível e profunda, descobriu que a vida é uma conquista diária feita de contínuas quedas e voos, de fraquezas e de triunfos”; sobre o trajecto poético, a sua autonomia e independência, entende que Sebastião da Gama “pretendia ser genuíno e livre, fazendo da poesia o reflexo da vida e do pulsar do seu coração, nunca se submetendo à tutela de qualquer corrente ou ideologia”.
O Público de hoje divulgou os resultados do estudo Reforma Institucional em Portugal - Perspectiva das Elites e das Massas, elaborado por André Freire, Manuel Meirinho e Diogo Moreira. É bem interessante ver o que une e o que separa uns e outros! [No quadro que se reproduz, a partir do jornal, há um erro - à pergunta "Está satisfeito com a qualidade da democracia em Portugal?" o "sim" dos deputados atingiu os 60,6 (em vez de 28,5), de acordo com o texto que acompanha o quadro] E uma dúvida se impõe: é possível a democracia sem a participação dos cidadãos? Já sei que os actos eleitorais são uma forma de participação. E depois deles?
s também têm as suas obrigações com a sua fantasia, com muitas coisas que chamam e distraem."
ois de ter visto as muitas dificuldades, de amigos o terem abandonado, de ter tido que aprender a viver de outra forma, de ter deixado para trás coisas de que gostava (como o futebol que praticava ou a oficina onde trabalhava). Para vencer, tem uma vida activa, inventa utensílios que lhe facilitam determinadas tarefas, conta com familiares e amigos, tem tido algum apoio da comunidade, acompanha intensamente o desenvolvimento da medicina nesta área. Gere a sua autonomia, conduz, convive e trabalha na Escola Secundária de Sampaio (Sesimbra).
om” que estava prevista no Estatuto da Carreira Docente! Não é preciso estar-se a coberto de nenhum sindicato para dizer isto. Na tarde do mesmo dia, o Secretário de Estado Valter Lemos dizia que a adesão à greve fora “significativa”, mas regozijava-se porque a greve não tinha atingido os números que os sindicatos tinham alvitrado. E assim ficava a descoberto o essencial da luta: governo contra sindicatos e vice-versa, visto por um governante. Os sindicatos cavalgaram a onda de descontentamento? Acredito que sim. E o que fez o governo quando lhe deu jeito arranjar bodes expiatórios para explicar o que estava mal? Não esqueço que o discurso de tomada de posse do Primeiro-Ministro iniciou logo a abertura de hostilidades com grupos profissionais e com sectores económicos… Tudo em nome da explicação para problemas que os governos não têm conseguido (ou sabido) resolver. Assim como, na educação, não resolvem os desenhos curriculares desajustados, os programas mal concebidos, as cargas horárias dos alunos por vezes maquiavélicas, as disciplinas de pouca ou nenhuma relevância prática ou cultural…
” Cinco anos depois, em 1899, a população sadina, reconhecida, oferecia à associação a sua primeira bandeira, em seda branca. Ainda no séc. XIX, o rei D. Carlos presenteava os bombeiros setubalenses com uma escada alemã “Magirus”, que está exposta na entrada principal do quartel da Associação.