85 anos teria feito Sebastião da Gama neste mês de Abril (no dia 10), 60 anos passam neste 2009 desde que o seu Diário (de professor) teve início (em 11 de Janeiro de 1949). Estas duas efemérides justificam que o mês de Abril tenha sido o tempo de várias actividades em Setúbal ligadas à memória e leitura do “poeta da Arrábida”.
Uma delas aconteceu na noite de ontem, no Clube Setubalense, intitulada “Sonhos em Sebastião da Gama”, promovida por Ermelinda Capoulas, professora na Escola Secundária Sebastião da Gama, e por um grupo de alunos das turmas B e F de 8º ano da mesma Escola, com o apoio da Associação Cultural Sebastião da Gama e da Câmara Municipal de Setúbal. O público era maioritariamente constituído pelos familiares dos jovens participantes.
Por ali passaram poemas vários e muitos excertos do Diário, numa selecção preparada e apresentada pelos alunos. E foi interessante ver o entusiasmo e o deslumbramento com que todos intervieram no desvendar e no partilhar de textos e de emoções. Simultaneamente, houve entrevista sobre o poeta e o professor, com perguntas a privilegiar a prática do professor que Sebastião da Gama foi – métodos, forma de disciplinar, relações com os alunos, percurso e especificidade da sua forma de agir – e houve o piano de Rui Serôdio a pontuar a musicalidade das palavras. A segunda parte foi integralmente ocupada com a intervenção do grupo coral da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, num reportório diversificado por onde passaram as toadas populares, a poesia de José Gomes Ferreira ou os espirituais.
No final, foi agradável notar o prazer dos alunos por terem conseguido partilhar o fruto do seu trabalho. Mas não menos interessante foi sentir o entusiasmo dos familiares, alguns surpreendidos com a capacidade do que o grupo conseguiu transmitir. E dizia-me um pai, que tinha sido aluno na Escola Secundária Sebastião da Gama, que foi bom ter vindo ali porque não imaginava a importância do patrono da Escola, porque não sabia quase nada sobre ele… e tinha sido graças à participação da filha que tinha acedido a um bocadinho desse saber.
Uma delas aconteceu na noite de ontem, no Clube Setubalense, intitulada “Sonhos em Sebastião da Gama”, promovida por Ermelinda Capoulas, professora na Escola Secundária Sebastião da Gama, e por um grupo de alunos das turmas B e F de 8º ano da mesma Escola, com o apoio da Associação Cultural Sebastião da Gama e da Câmara Municipal de Setúbal. O público era maioritariamente constituído pelos familiares dos jovens participantes.
Por ali passaram poemas vários e muitos excertos do Diário, numa selecção preparada e apresentada pelos alunos. E foi interessante ver o entusiasmo e o deslumbramento com que todos intervieram no desvendar e no partilhar de textos e de emoções. Simultaneamente, houve entrevista sobre o poeta e o professor, com perguntas a privilegiar a prática do professor que Sebastião da Gama foi – métodos, forma de disciplinar, relações com os alunos, percurso e especificidade da sua forma de agir – e houve o piano de Rui Serôdio a pontuar a musicalidade das palavras. A segunda parte foi integralmente ocupada com a intervenção do grupo coral da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, num reportório diversificado por onde passaram as toadas populares, a poesia de José Gomes Ferreira ou os espirituais.
No final, foi agradável notar o prazer dos alunos por terem conseguido partilhar o fruto do seu trabalho. Mas não menos interessante foi sentir o entusiasmo dos familiares, alguns surpreendidos com a capacidade do que o grupo conseguiu transmitir. E dizia-me um pai, que tinha sido aluno na Escola Secundária Sebastião da Gama, que foi bom ter vindo ali porque não imaginava a importância do patrono da Escola, porque não sabia quase nada sobre ele… e tinha sido graças à participação da filha que tinha acedido a um bocadinho desse saber.
Fosse pelo facto de ser professor, por ter sido poeta, por chamar a Arrábida para as suas mensagens ou por qualquer outra razão, certo é que os jovens envolvidos nesta actividade demonstraram acentuado entusiasmo com a obra de Sebastião da Gama, talvez a dar razão ao que um dia escreveu Arnaldo Saraiva (“Sebastião da Gama – Poeta da Arrábida e da juventude”. Horizonte – Revista Portuguesa de Cultura: Guarda, nº 49, Abril 1958) sobre este poeta: “A sua obra é a sua autobiografia, é a sua vida, ora mística, ora terrena; ora infantil e inocente, ora amadurecida e grave; ora fácil e feliz, ora dura e dolorosa; a sua vida simples, sincera, despretensiosa, mas sempre adolescente.”
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