Se, na França ou na Alemanha, tivesse havido um referendo ao Tratado de Lisboa e o resultado desse 53% ao "não", alguém se atreveria a sugerir que esse país tinha uma de duas soluções - ou saía da União Europeia ou repetia o referendo?
Depois dos procedimentos que os políticos tiveram para não referendar o Tratado, antes o fazendo passar apenas pelo crivo largo dos parlamentos; depois de ter havido políticos dizendo que o Tratado era quase inexplicável; depois de se ter assistido a um tempo em que ninguém esclareceu ninguém quanto às transformações reais que podem existir na sequência desse Tratado... ser-se "a favor" ou "contra" o Tratado é exercício indiferente, porque essa não foi preocupação na gestão de toda esta história. A Europa, a famosa Europa, quis (quer) passar ao lado dos cidadãos que a fazem e quer neles mandar, levando os princípios até onde os governos não podem levar... A participação é apenas uma imagem de (má) retórica!
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