Num número dedicado à "requalificação urbana", a revista Arquitectura Ibérica, de Janeiro de 2007 (nº 18), consagrou artigo à Praça José Afonso, em Setúbal, dizendo, sobre o projecto dos arquitectos Manuel Salgado e Marino Frei: "O projecto tem como objectivo a requalificação da Praça, mantendo, dentro do possível, as valências existentes. O palco efémero, que aqui era montado regularmente, é substituído por um edifício definitivo, um grande arco cénico que alberga um auditório ao ar livre com capacidade para 2500 espectadores e as infra-estruturas de apoio necessárias para a realização de espectáculos."
Duvidosa tem sido a adesão da cidade à obra implantada na Praça José Afonso. Uma dúvida que, de resto, tem vindo desde início. Recordo que, em 9 deJaneiro de 2006, o jornal O Setubalense iniciava assim uma peça sobre o auditório construído naquela praça: "Desde Novembro que muitos setubalenses têm vindo a criticar a falta de utilização do anfiteatro do Largo José Afonso, onde ainda não se realizou qualquer espectáculo desde a sua inauguração. Mas, afinal, não foi uma inauguração. A cerimónia que marcou o final da obra de requalificação do Largo José Afonso foi apenas a entrega da obra e a verdadeira inauguração terá lugar em Abril".
Vários meses se passaram, assim, entre a entrega da obra e o primeiro acto público ali realizado. Mas a questão da adesão da cidade ao empreendimento tem-se mantido e prova disso é o texto que Giovanni Licciardello assina em O Setubalense de hoje, sob a forma de carta aos leitores, onde é passado à forma escrita aquilo que muita gente diz e desabafa em conversas de rua. Deixo a transcrição.
Vários meses se passaram, assim, entre a entrega da obra e o primeiro acto público ali realizado. Mas a questão da adesão da cidade ao empreendimento tem-se mantido e prova disso é o texto que Giovanni Licciardello assina em O Setubalense de hoje, sob a forma de carta aos leitores, onde é passado à forma escrita aquilo que muita gente diz e desabafa em conversas de rua. Deixo a transcrição.
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