"Antigamente, eram os barcos. Brancos, azuis e furta-cores, com lanternas penduradas nos cintos dos homens que passavam nas cobertas. E aquém dos barcos: as ondas tinham outra maneira de quebrar, o quebrar de antigamente.. (...) Nasceu a visão dos barcos furta (...) porque os brancos e os azuis sulcavam o horizonte há muito tempo, já eram antes de antigamente, estou a reportar-me aos tempos pré-históricos dos primeiros barcos brancos e azuis que fizeram do mar o que ele é hoje (...). Tão brancos e tão bonitos, tão azuis eram os barcos."
Dinis Machado. Discurso de Alfredo Marceneiro a Gabriel García Marquez. Lisboa: Livraria Bertrand, 1984.
1 comentário:
felizmente deixa-nos um legado imortal...
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