Dez anos sobre o 11 de Setembro, a data que arrecadou a marca da mudança no mundo, sobretudo no plano das relações entre povos e sistemas políticos, acentuada por sofrimento desmesurado.
É difícil escolher uma das memórias que retrataram esse dia, mas sempre me impressionou a fotografia captada por Richard Drew do homem em queda nas torres gémeas de Nova Iorque. Ainda ontem, num programa da SIC, o correspondente Luís Costa Ribas evocava essa fotografia para questionar o que teria pensado aquele homem, bem como todos os outros que tomaram idêntica decisão… Talvez a opção por uma corrida escolhida para a morte depois de se ter visto num beco sem saída, talvez o encontro da paz, numa fuga ao inferno, talvez... Mas fica também o sofrimento individual, o desespero, no meio da amálgama, sentido numa queda a velocidade vertiginosa num percurso de 400 metros, antecipadamente sabendo que a saída não seria para a salvação. E fica a figura humana, superior aos destroços, às alturas, aos conflitos… mas frágil e sempre vítima!
Nesse 11 de Setembro as vítimas foram quase três mil!
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