Caso 1 – Medina Carreira e Novas Oportunidades – «Convidado da tertúlia 125 minutos com, que decorreu no Casino da Figueira da Foz, Medina Carreira disse ainda que a educação em Portugal “é uma miséria” e que as escolas produzem “analfabetos”. “[O programa] Novas Oportunidades é uma trafulhice de A a Z, é uma aldrabice. Eles [os alunos] não sabem nada, nada”, argumentou Medina Carreira. Para o antigo titular da pasta das Finanças a iniciativa dos Ministérios da Educação e do Trabalho e da Solidariedade Social, que visa alargar até ao 12.º ano a formação de jovens e adultos, é “uma mentira” promovida pelo Governo. “[Os alunos] fazem um papel, entregam ao professor e vão-se embora. E ao fim do ano, entregam-lhe um papel a dizer que têm o nono ano [de escolaridade]. Isto é tudo uma mentira, enquanto formos governados por mentirosos e incompetentes este país não tem solução”, acusou. As críticas de Medina Carreira estenderam-se aos estudantes que saem das escolas “e não sabem coisa nenhuma”. “O que é que vai fazer com esta cambada, de 14, 16, 20 anos que anda por aí à solta? Nada, nenhum patrão capaz vai querer esta tropa-fandanga”, frisou. Defendeu um regime educativo “exigente, onde se aprenda, porque os empresários querem gente que saiba”.»
Caso 2 – Nogueira Pinto e o circo – «A primeira audição da Comissão Parlamentar de Saúde ficou hoje marcada por uma troca de ofensas entre a deputada social-democrata Maria José Nogueira Pinto e o deputado socialista Ricardo Gonçalves, que levou o presidente a ameaçar suspender os trabalhos. A troca de insultos ocorreu quando Maria José Nogueira Pinto intervinha na comissão, onde esteve presente a ministra da Saúde e os seus dois secretários de Estado. Uma observação de Ricardo Gonçalves motivou a irritação de Maria José Nogueira Pinto, que chamou o deputado de "palhaço". "Não sabia que tinham contratado um palhaço" para a Comissão Parlamentar de Saúde, disse a deputada. Em resposta, Ricardo Gonçalves teceu comentários sobre a troca de cor política por parte de Maria José Nogueira Pinto. O presidente da comissão apelou à sensatez dos presentes, ameaçando suspender os trabalhos caso continuasse a troca de insultos. O deputado socialista justificou alegando diferentes postos de vista, ao que Maria José Nogueira Pinto respondeu: "Não devem existir em todos os parlamentos deputados como o senhor, um deputado inimputável".»
Será que vale a pena a gente acreditar que o contrário de tudo isto existe? Sim, eu sei que “é preciso acreditar”. Mas será mesmo preciso? E, já agora, acreditar em quê? Os comentários de Medina Carreira poderiam ser acertados se fossem mais equilibrados e não rondassem tanto o nível caceteiro. Por outro lado, a notícia, saída da LUSA e reproduzida no site do Público, também poderia reproduzir os comentários que Medina Carreira fez quanto aos deputados que hoje nos representam, classificados como “uns tipos” que “não podem miar” sob pena de perderem lugar no mandato seguinte (ouvi na rádio). Este lindo (!!!) retrato dos políticos que temos – e que aprovam leis – encontra eco no segundo caso, passado hoje na Comissão Parlamentar de Saúde, também relatado pela LUSA e reproduzido no mesmo site. O circo no seu melhor… E os eleitores têm de se divertir com estes números? De que serve estarmos preocupados com a indisciplina numa escola, concretizada em agressões e ofensas verbais, quando a mensagem que recebemos em casa, sem pedir e que podemos rever até à exaustão, é esta?
Caso 2 – Nogueira Pinto e o circo – «A primeira audição da Comissão Parlamentar de Saúde ficou hoje marcada por uma troca de ofensas entre a deputada social-democrata Maria José Nogueira Pinto e o deputado socialista Ricardo Gonçalves, que levou o presidente a ameaçar suspender os trabalhos. A troca de insultos ocorreu quando Maria José Nogueira Pinto intervinha na comissão, onde esteve presente a ministra da Saúde e os seus dois secretários de Estado. Uma observação de Ricardo Gonçalves motivou a irritação de Maria José Nogueira Pinto, que chamou o deputado de "palhaço". "Não sabia que tinham contratado um palhaço" para a Comissão Parlamentar de Saúde, disse a deputada. Em resposta, Ricardo Gonçalves teceu comentários sobre a troca de cor política por parte de Maria José Nogueira Pinto. O presidente da comissão apelou à sensatez dos presentes, ameaçando suspender os trabalhos caso continuasse a troca de insultos. O deputado socialista justificou alegando diferentes postos de vista, ao que Maria José Nogueira Pinto respondeu: "Não devem existir em todos os parlamentos deputados como o senhor, um deputado inimputável".»
Será que vale a pena a gente acreditar que o contrário de tudo isto existe? Sim, eu sei que “é preciso acreditar”. Mas será mesmo preciso? E, já agora, acreditar em quê? Os comentários de Medina Carreira poderiam ser acertados se fossem mais equilibrados e não rondassem tanto o nível caceteiro. Por outro lado, a notícia, saída da LUSA e reproduzida no site do Público, também poderia reproduzir os comentários que Medina Carreira fez quanto aos deputados que hoje nos representam, classificados como “uns tipos” que “não podem miar” sob pena de perderem lugar no mandato seguinte (ouvi na rádio). Este lindo (!!!) retrato dos políticos que temos – e que aprovam leis – encontra eco no segundo caso, passado hoje na Comissão Parlamentar de Saúde, também relatado pela LUSA e reproduzido no mesmo site. O circo no seu melhor… E os eleitores têm de se divertir com estes números? De que serve estarmos preocupados com a indisciplina numa escola, concretizada em agressões e ofensas verbais, quando a mensagem que recebemos em casa, sem pedir e que podemos rever até à exaustão, é esta?
Sem comentários:
Enviar um comentário