sábado, 13 de junho de 2009

Hoje, no "Correio de Setúbal" ("Sem Mais Jornal")

Diário da Auto-Estima – 101
Europa I – Será lugar-comum o que vou dizer, mas corro o risco: a campanha eleitoral para o Parlamento Europeu ludibriou-nos quanto à Europa. Bem se podia procurar pela Europa… pela Europa… pela Europa… Nada. No fundo, perpetua-se o que tem acontecido: a distância relativamente à causa europeia é superior à distância geográfica que separa Portugal de Bruxelas…
Europa II – Vamos imaginar que na campanha eleitoral para o Parlamento Europeu se falou apenas da Europa, excepto na circunstância de fazer jeito para justificar o acto. Poderia ter sido de outra maneira?
Europa III – Será que este esquecimento de assumir a Europa como tema de campanha se deveu ao facto de nos sentirmos tão europeus que já nem vale a pena chamar a atenção para isso?
Europa IV – O que significa um político, mesmo que português, dizer que “assume as responsabilidades políticas”, a título individual, em exclusivo, por um resultado que lhe foi desfavorável e que foi também desfavorável ao partido que representa? Será uma fórmula politicamente correcta apenas, que fica bem e é heróica num tal momento?
Escola – Está a terminar o ano lectivo. Saudades de momentos bons, vividos com alunos, que deram vida à Escola. A lembrança de tempos menos bons, quando a irreverência dos alunos prejudicou o trabalho e a atenção dos outros. A vertigem do tempo – “ó professor, o ano já está a acabar?” A sensação de que este ano lectivo foi mais desgastante do que outros, sem que isso tivesse capitalizado a favor dos estudantes ou de uma escola mais feliz.
Cavalas – Uma exposição sobre Setúbal e o “Polis” está nas instalações que foram do Banco de Portugal. Acompanham-na vários roteiros, editados em fascículos, cada um correspondente a uma dada área da cidade. De onde terá vindo a ideia, registada no primeiro fascículo, a propósito da lenda da Senhora da Anunciada, de que “uma peixeira pobre estava a assar cavalas quando uma delas saltou do fogo”? Será para dar mais substância à lenda ou porque… quem conta um conto acrescenta um ponto? Diga-se que as cavalinhas, neste caso, não eram necessárias…
[OBS: O Correio de Setúbal passou a integrar, a partir da edição de hoje, a paginação do Sem Mais Jornal,
que é distribuído com o semanário Expresso na região de Setúbal.]

1 comentário:

Anónimo disse...

Compreendo as repulsas em usar o termo "cavaco",não vá algum mau intencionado extrapolar não sei bem o quê,mas o termo mais próximo,no dicionário,diga-se,encontrado, terá sido o do simpático peixe "azul"...então vá de reescrever delirantemente a estória...inovar,amigo,inovar respaldado por um sonante "mestrado"...
aqrosa