Corria
Setembro de 2010, com o mês para lá de meio, e O Setubalense noticiava em
título: “Novo projecto cultural nascem em Setúbal”. Depois, vinha um parágrafo
que era quase um manifesto: “O Synapsis apresenta-se como um movimento informal
de gente livre e de espírito aberto, não alinhando com correntes de opinião nem
com organizações de carácter ideológico, religioso, político ou partidário.” Mais adiante, referia como objecto do grupo “o livre acesso à expressão de ideias e ao
desenvolvimento de uma reflexão crítica através das diversas formas de
expressão artística”.
Quase um ano depois, no mesmo
jornal, acabava Agosto, um texto resultante de conversa com Salvador Peres, do grupo Synapsis, reproduzia algo que ajuda ao essencial num grupo como este: é que “não tem
quotas, nem sede, nem corpos gerentes, apenas um gosto comum pela cultura e
pela cidadania”. Assim se cumpria o nome e se dava razão àquilo que define as
sinapses: os pontos de contacto, as permutas, as partilhas, construindo-se o
salto para um saber universal, quase numa exigência que pareceria imbuída de
alguma ideia renascentista (no que essa época teve de melhor).
Em sete anos, o grupo Synapsis promoveu actividades variadas, empenhadas, interessantes. Por lá passou a pintura, a música, a literatura, a política, o ambiente, a história local, a ciência, a medicina, a religião. Por lá passou a cultura. Por lá passou a partilha.
Parabéns, Synapsis!
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