Senti o
frio quando, hoje, ouvi a notícia da morte de Fernando Mascarenhas, o Marquês
de Fronteira. Assisti a várias realizações que promoveu no Palácio de
Fronteira, em Lisboa, todas com considerável nível cultural. A seu convite,
participei, de resto, numa delas. Fica dele o desassombro com que
intervinha, a pertinência das questões sempre no sentido de se avançar mais nas
interpretações das coisas e no saber. Fica-me dele a coragem com que tratou a
cultura, partilhando-a, aproximando-a das pessoas, sempre com um pendor crítico
notável e demonstrando querer saber mais, agitando as águas mornas, correndo o
risco. Gostei de ter tido a oportunidade de o conhecer, de o ouvir, de com ele
ter conversado, ainda que numas escassas duas vezes. E fico-lhe grato por esses
momentos, sobretudo pelo que aprendi.
[Foto: Público]
Sem comentários:
Enviar um comentário