“Vocês conhecem histórias tradicionais?” E foi a medo que um dos alunos respondeu: “Capuchinho Vermelho”. “Muito bem! E sabes quem é o seu autor?” Que não, disse o jovem. “E quem ta contou?” Já não sabia. “Eu também não sei quem é o seu autor ou quem ma contou.”
Quem assim conversava com os alunos era António Fontinha, contador de histórias tradicionais portuguesas, que ontem esteve na Escola a animar duas sessões com alunos do 7º ano. Receosos a princípio, apesar de saberem ao que iam (alguns até tinham lido a reportagem da revista “Única” do Expresso sobre contadores de histórias, saída na semana passada), os alunos foram, pouco a pouco, deixando que o envolvimento do fantástico tomasse conta deles. Ouviam “A lavadeira e o cágado”, seres dialogantes, história que desconheciam. “Vocês sabem que os contos tradicionais portugueses são muito pouco conhecidos?” E a história continuou até ao momento em que o pai da lavadeira a surpreendeu, pensativa, no quarto, na manhã seguinte. “Mas os contos tradicionais portugueses são muito curiosos e têm despertado muito interesse.” E a história acabava com agrado, depois de uma narração com trejeitos de diversas personagens, variações de voz (dando vozes), marcas de espanto e de surpresa, numa pluralidade sobre o palco a partir de um actor apenas, aquele mesmo, António Fontinha.
Depois, foram as adivinhas. Da mais simples à mais complexa. “As adivinhas são sempre exactas.” E Fontinha demonstrava, explicando e fazendo concordar os passos da adivinha com as características da solução. E alguns, usando a lógica que sabiam, aventavam soluções. E algum até acertou.
Foi uma sessão em cheio. “Só foi pena ser tão pequena”, diziam-me. Pois. Três quartos de hora cheios de magia e de passeio no reino da fantasia tinham voado. De António Fontinha ficou uma boa recordação e a vontade de verem, lendo ou ouvindo, algumas das histórias que constam no livro que a Câmara Municipal de Palmela editou há uns anos, recolhidas pelo próprio Fontinha no concelho (Contos populares portugueses ouvidos e contados no concelho de Palmela, 1997). Iremos ler algumas, claro, que o apetite ficou aberto!
Quem assim conversava com os alunos era António Fontinha, contador de histórias tradicionais portuguesas, que ontem esteve na Escola a animar duas sessões com alunos do 7º ano. Receosos a princípio, apesar de saberem ao que iam (alguns até tinham lido a reportagem da revista “Única” do Expresso sobre contadores de histórias, saída na semana passada), os alunos foram, pouco a pouco, deixando que o envolvimento do fantástico tomasse conta deles. Ouviam “A lavadeira e o cágado”, seres dialogantes, história que desconheciam. “Vocês sabem que os contos tradicionais portugueses são muito pouco conhecidos?” E a história continuou até ao momento em que o pai da lavadeira a surpreendeu, pensativa, no quarto, na manhã seguinte. “Mas os contos tradicionais portugueses são muito curiosos e têm despertado muito interesse.” E a história acabava com agrado, depois de uma narração com trejeitos de diversas personagens, variações de voz (dando vozes), marcas de espanto e de surpresa, numa pluralidade sobre o palco a partir de um actor apenas, aquele mesmo, António Fontinha.
Depois, foram as adivinhas. Da mais simples à mais complexa. “As adivinhas são sempre exactas.” E Fontinha demonstrava, explicando e fazendo concordar os passos da adivinha com as características da solução. E alguns, usando a lógica que sabiam, aventavam soluções. E algum até acertou.
Foi uma sessão em cheio. “Só foi pena ser tão pequena”, diziam-me. Pois. Três quartos de hora cheios de magia e de passeio no reino da fantasia tinham voado. De António Fontinha ficou uma boa recordação e a vontade de verem, lendo ou ouvindo, algumas das histórias que constam no livro que a Câmara Municipal de Palmela editou há uns anos, recolhidas pelo próprio Fontinha no concelho (Contos populares portugueses ouvidos e contados no concelho de Palmela, 1997). Iremos ler algumas, claro, que o apetite ficou aberto!
2 comentários:
Não estive presente, mas gostei de ler o teu texto. Descrição perfeita de uma "sessão em cheio"! Obrigada por divulgares o que de bom se faz na nossa escola.
Luísa G.
Também gostei de ler o seu texto, porque gosto muito de contos tradicionais portugueses e não só.
já tive um programa na rádio onde lia contos tradicionais; privilegiei os nossos,mas também por lá passaram os angolanos, os chineses, etc.Andersen também.
Que bom que numa ESCOLA tenha ido um bom contador para encantar os jovens que o ouviram. Parabéns à escola e ao professor que teve a iniciativa.
Anita
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