sábado, 28 de dezembro de 2013

Máximas em mínimas - Afonso Cruz


Depois de ler Afonso Cruz, em Os livros que devoraram o meu pai – A estranha e mágica história de Vivaldo Bonfim (Alfragide: Editorial Caminho / Leya, 2010), um percurso por muitas leituras e pelo que delas ficou, eis frases que são marcadores:

Árvore – “Para uns, a raiz é a parte invisível que permite à árvore crescer. Para mim, a raiz é a parte invisível que a impede de voar como os pássaros. Na verdade, uma árvore é um pássaro falhado.”
Consciência – “É dentro da sua cabeça que todos os homens são livres ou condenados.”
Homem – “Nós somos feitos de histórias, não é de a-dê-énes e códigos genéticos, nem de carne e músculos e pele e cérebros. É de histórias.”
Humano – “Se há seres vivos desumanos, só mesmo os humanos. Resultado: os animais humanizados tendem a voltar à sua condição primitiva, a de animais.”
Memória – “As memórias são a perspectiva do passado, mas não são a mesma coisa. Elas mudam com o tempo, não são crónicas postas em papel e descritas objectivamente com rigor. São coisas emotivas que variam a cada vez que são lembradas. As memórias são repensadas e vão-se tornando outra coisa. (…) As nossas memórias nunca são verdadeiras ou absolutamente verdadeiras, são apenas uma interpretação. Existem outras e ao longo dos anos vamos vendo o passado a uma luz diferente. As nossas memórias vão sendo vistas de diferentes perspectivas, conforme aquilo que aprendemos e conforme aquilo que sentimos no instante em que as relembramos.”
Vida – “A vida, muitas vezes, não tem consideração nenhuma por aquilo de que gostamos.”

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