Depois de ler
Afonso Cruz, em Os livros que devoraram o
meu pai – A estranha e mágica história de Vivaldo Bonfim (Alfragide: Editorial
Caminho / Leya, 2010), um percurso por muitas leituras e pelo que delas ficou, eis frases que são marcadores:
Árvore – “Para uns, a raiz é a parte
invisível que permite à árvore crescer. Para mim, a raiz é a parte invisível
que a impede de voar como os pássaros. Na verdade, uma árvore é um pássaro
falhado.”
Consciência – “É dentro da sua cabeça
que todos os homens são livres ou condenados.”
Homem – “Nós somos feitos de histórias,
não é de a-dê-énes e códigos genéticos, nem de carne e músculos e pele e cérebros.
É de histórias.”
Humano – “Se há seres vivos desumanos,
só mesmo os humanos. Resultado: os animais humanizados tendem a voltar à sua
condição primitiva, a de animais.”
Memória – “As memórias são a
perspectiva do passado, mas não são a mesma coisa. Elas mudam com o tempo, não
são crónicas postas em papel e descritas objectivamente com rigor. São coisas
emotivas que variam a cada vez que são lembradas. As memórias são repensadas e
vão-se tornando outra coisa. (…) As nossas memórias nunca são verdadeiras ou
absolutamente verdadeiras, são apenas uma interpretação. Existem outras e ao
longo dos anos vamos vendo o passado a uma luz diferente. As nossas memórias vão
sendo vistas de diferentes perspectivas, conforme aquilo que aprendemos e
conforme aquilo que sentimos no instante em que as relembramos.”
Vida – “A vida, muitas vezes, não tem
consideração nenhuma por aquilo de que gostamos.”
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