Não fui aluno de Maria Lúcia Lepecki, mas fui seu leitor de vários ensaios e artigos. Ouvi-a em diversas situações ligadas à literatura, com o seu jeito singular de dizer e de comentar, transformando a crítica literária numa outra arte. Aproximou a literatura de muita gente através de uma familiaridade no dizer, no apreciar, no contar histórias.
A pessoa que primeiro me chamou a atenção para o valor de Maria Lúcia Lepecki, pelo seu conhecimento profundo da literatura portuguesa e pelo seu espantoso poder de comunicação, foi, no início dos anos 80, Severino Costa, jornalista vianense e pai de Carlos Eurico da Costa. Hoje, ao saber do falecimento de Maria Lúcia, recordei Severino Costa e a ternura com que ele me falou dela.
Para todos, fica a obra e a ponte que Lepecki conseguiu construir em benefício da cultura e da língua portuguesas, um testemunho a não esquecer.
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