quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Política caseira (83): Quando a política vira politiquice...

O Setubalense: 21.Setembro.2009
Ora aqui está como a campanha eleitoral nacional a que temos assistido tem as suas influências ao nível local. Isto é: assistimos a uma campanha eleitoral em que o importante não são as propostas a apresentar para o futuro mas os factos que se criam por dá-cá-aquela-palha.
Sempre embirrei (questão de feitio) com aquela prática de, numa sessão pública de Câmara (por exemplo), quando chegada a altura de uma votação, um vereador fingir que sai para não votar este ou aquele projecto, ficando a cena registada em acta. Sempre me pareceu hipocrisia uma história destas ou compromisso mal assumido. Cheguei a assistir a situações em que a personagem não saía da sala, mas dizia que era isso que fazia e... a reunião seguia, todos aceitando que a falada saída não era fictícia mas era real. Gargalhadas, claro!
Mas uma reunião pública de Câmara ser interrompida nos termos em que foi aquela a que a notícia faz referência... francamente! Tudo tresanda a brincadeira política e a jogo com o momento histórico que se vive. Lamentavelmente! Não é para cenas destas que os cidadãos dão os votos. Não é para atitudes como esta que eu assumo o meu papel de eleitor. Factos como este, que aconteceu na última sessão pública da Câmara de Setúbal, não convidam à participação cidadã, mas ao alheamento. A razão não vence por caminhos destes.

1 comentário:

Anónimo disse...

Pena é que tão poucos saibam destas coisas. Passariam a fazer leituras diferentes sobre os verdadeiros interesses dos partidos e de quem os representa.
É inadmissível, ainda para mais a nível local onde pensamos (tretas!)que os vereadores estão lá para defender os interesses da comunidade.
MCT