Anda meio país a discutir a "lei da rolha". Andam partidos preocupados com a "lei da rolha" que no PSD alguém quer impor. Andam a ser títulos de primeira página coisas que só afligem a política, mas que dizem pouco sobre o que o país sente na pele. Hoje, num programa de comentários dos ouvintes passado na Antena 1, cujo tema era a privatização das empresas em que o Estado detém parte importante, um ouvinte dizia algo do género: "No presente, os políticos que decidem têm apenas a carreira do partido, vieram das jotas, de colar cartazes, e não se lhes conhece mais nada." Queria o ouvinte dizer que o divórcio entre a política de que vamos ouvindo falar e o quotidiano que sustentamos é cada vez maior; queria o ouvinte dizer que a política está cada vez mais desenraizada daqueles a quem deveria servir. Na verdade, creio que não ouvimos falar de políticas, mas de politiquices, de muito "show" e de poucas convicções ou princípios. Podia ser mero jogo de palavras, mas é mais do que isso - é a tristeza de um tempo que é o nosso! A certeza é a de que as futilidades ganham o campo e o tempo da discussão...
terça-feira, 16 de março de 2010
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