Alexandre Murtinheira embevece-nos com a fotografia pelos seus olhares diferentes, únicos. "A alma de um rio" vai ser a motivação para que ele fale das imagens em que se deixou enredar. Na sexta feira, 4 de Novembro, em actividade realizada pelo grupo Synapsis, no Museu de Arqueologia e Etnografia de Setúbal. Para a agenda!
domingo, 30 de outubro de 2016
Para a agenda - Luís Afonso em Setúbal
Luís Afonso habituou-nos no Público, montra onde se tornou indispensável. Na sexta, vai estar em Setúbal, na sessão "Muito cá de casa", em conversa orientada por João Paulo Cotrim e por José Teófilo Duarte. Para a agenda!
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sexta-feira, 28 de outubro de 2016
Sublinhados - José Rodrigues Miguéis, "O Espelho Poliédrico"
O Espelho Poliédrico, de José Rodrigues Miguéis (Lisboa: Estúdios
Cor, 1972), é um conjunto de textos em que o cronista se assume como “simples
narrador de histórias reais e experiências inventadas” (como refere no
intitulado “O galo, o estudante e o professor”), embora algumas vezes povoando
esses mesmos textos com uma dose de memorialismo, mesmo que tenha registado
algo como: “Não escrevo memórias, talvez nunca as escreva: a não ser
transpostas em ficção, ou quando um flash
de lembrança, como agora, me ilumina.” (em “O Corcundinha”). No final da obra,
lá vem a “nota do autor” a explicar que as crónicas são um conjunto vasto e
diversificado de “memórias, comentários e ficções” e a indicar a origem -
publicadas no Diário de Lisboa, na
sua maioria, entre 1968 e 1971, algumas inéditas e outras surgidas em várias
publicações periódicas.
Automóvel - “O automóvel é também um prolongamento mórbido da
personalidade e da sensibilidade: ao mais leve contacto, risco ou amolgadela no
verniz da carroçaria ou nos niquelados, pior que insultos ou facadas; se alguém
se me atravessa no caminho, me obriga a desacelerar a marcha, me ultrapassa ou
me rouba o precioso parking - eu pulo
fora do carro, espumante e de punhos em riste, pronto a insultar, a agredir, a
matar até, como é frequente, o transgressor dos meus sacratíssimos ‘direitos’.
O carro fez dos homens autênticos artrópodes metalomecânicos, lavagantes
desmiolados, impessoais, isolados entre si pela carapaça de duas toneladas de
aço-lata com motor e quatro rodas, capaz de esmigalhar ossos, carnes e nervos,
na qual andam metidos e conduzem (ou são conduzidos) sem verem os seus
semelhantes: com a mesma anarquia de sentimentos, a mesma fúria, indiferença ou
hostilidade com que andariam entre inimigos ou em terra conquistada.” (“Sua
Majestade o Automóvel”)
Eternidade - “A Eternidade não é feita
da soma dos dias, dos instantes, mas do aprofundamento de cada instante, de
cada átomo, de cada ser, em que a própria matéria se dissolve.” (“Enterro de um
Poeta”)
Homem - “É nas mínimas circunstâncias
do quotidiano que os homens, por vezes, melhor revelam a sua têmpera.” (“O
galo, o estudante e o professor”)
Juventude - “O tempo da mocidade é
curto, mas denso de afectos e actividades.” (“Levanta-te e Caminha”)
Mudança - “As coisas, quando mudam, é:
a) para melhor; b) para pior; c) para ficarem na mesma. Esta saída é mais
frequente do que se imagina.” (“Aforismos e Venenos de Aparício - III”)
Ódio - “Os ódios e rancores não se
calam nem à beira do túmulo.” (“Requiem para Junqueiro”)
Palavra - “Vale mais um pensamento lúcido,
embora sem palavras, do que a verborreia a mascarar o vácuo ou pobreza das
ideias.” (“Aforismos e Venenos de Aparício - III”)
Política - “O a-politismo é quase
sempre uma política de sinal contrário (ou resulta nela).” (“Levanta-te e
Caminha”)
Vida - “A vida é feita de tanta coisa! E nem toda a sabedoria se aprende nos livros.” (“A garrafa de conhaque”)
Vida - “A vida é feita de tanta coisa! E nem toda a sabedoria se aprende nos livros.” (“A garrafa de conhaque”)
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quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Para a agenda - Bocage com música
A cerimónia de entrega dos prémios da 18ª edição do Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage vai ter lugar na sexta feira, 28 de Outubro, no Fórum Municipal Luísa Todi.
A sessão contará com a estreia de uma composição musical da autoria de Christopher Bochmann, "O Suspiro do Rouxinol", inspirada no texto bocagiano "Olha, Marília, as flautas dos pastores", peça encomendada pela Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão (LASA), que terá como intérpretes Suzana Teixeira (mexo soprano), Fernando Pernas (clarinete) e Ana Teles (piano).
Os agrupamentos "Paganinus", "Violetas" e "Orquestra de Violoncelos" do Conservatório Regional de Setúbal, intervirão também com interpretações de obras de Bach, Handel, Purcell, Telemann e Vivaldi.
Um programa a não perder! Para a agenda!
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Para a agenda - Rever a Festa da Ilustração em catálogo
O Catálogo Geral da Festa da Ilustração, iniciativa que já leva dois anos em Setúbal, vai ser apresentado publicamente na quinta-feira, 27 de Outubro, na Casa da Cultura, em Setúbal, pelas 19h00. Para a agenda.
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Para a agenda - José-António Chocolate, poeta em Santa Eulália
José-António Chocolate apresenta o seu mais recente livro, Moinante de silêncios e de afetos, na sua terra, Santa Eulália (Elvas). Uma apresentação que vai ser uma festa. Com fado, petisco, poesia, livro e uma acção de solidariedade. No Pavilhão Multiusos Santa Eulália, em 29 de Outubro, pelas 21h00. Para a agenda.
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Para a agenda - Hélène Mandroux em Setúbal
Experiências sobre a cidade, vivida(s) no real. A experiência dos outros - Montpellier - em Setúbal. Na Casa da Cultura, 25 de Outubro, às 19h00, com Hélène Mandroux e Michael Delafosse. Para a agenda.
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A leitura e o prazer, por Miguel Esteves Cardoso
No Público de hoje (pg. 45), Miguel Esteves Cardoso escreve sobre a leitura e o prazer de ler. Vale a pena ler - por obrigação e por prazer!
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sábado, 22 de outubro de 2016
Bob Dylan - O silêncio indesejado
Bob Dylan e o seu silêncio. Um silêncio ruidoso, por mim o digo. E subscrevo a crónica da Margarida Fonseca Santos. Lamento o silêncio. Porque se pode não aceitar... mas diga-se.
Por respeito relativamente às instituições. Por respeito ao mundo. Por respeito aos que o apreciam. Só!
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quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Para a agenda - Jorge Silva Melo em Setúbal
Cinema, conversa e livro. Três num só. Num encontro com Jorge Silva Melo. Amanhã, na Casa da Cultura, em Setúbal, pelas 21h30, no programa "Muito Cá de Casa", com a responsabilidade de José Teófilo Duarte. Para a agenda!
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sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Bob Dylan, Nobel da Literatura 2016 - e então?
Corre grande rumor nas redes sociais quanto à atribuição do Nobel da Literatura a Bob Dylan. E depois? Porque a Academia surpreendeu? Porque é preciso chamar a atenção para valores diferentes daqueles que estão a governar o mundo e o "status quo"? Talvez se esteja mesmo a precisar de mudança, a clamar por mudança... assim o tempo e os acontecimentos sejam sinais!
Já em 1953 Winston Churchill (1874-1965) ganhou o Nobel da Literatura e... qual é a obra literária de que se fala do estadista? Na altura, a Academia Sueca justificou-se desta maneira: "mestria na descrição histórica e biográfica, bem como pela brilhante oratória em defesa dos valores humanos."
Quanto a Dylan, há poesia. O problema será haver música? Não rima a poesia com a musicalidade? E não haverá valores para um tempo que tem de mudar, forçosamente? E lá vem a justificação da Academia, segundo a imprensa: "por ter criado novas formas de expressão poéticas no quadro da grande tradição da música americana". Não terá isto a ver com a literatura?
Diga-se de passagem que também não gostei de ouvir o Sérgio Godinho a testemunhar na rádio que os que discordavam desta atribuição o faziam por "dor de cotovelo"... Do Sérgio esperava mais, pelo menos que não escorregasse nessa tão portuguesa desculpa da "dor de cotovelo". A justificação para Bob Dylan tem de ser encontrada na sua obra e não no alheio. E a discordância também... Coisas de "capelas", não é?
Diga-se de passagem que também não gostei de ouvir o Sérgio Godinho a testemunhar na rádio que os que discordavam desta atribuição o faziam por "dor de cotovelo"... Do Sérgio esperava mais, pelo menos que não escorregasse nessa tão portuguesa desculpa da "dor de cotovelo". A justificação para Bob Dylan tem de ser encontrada na sua obra e não no alheio. E a discordância também... Coisas de "capelas", não é?
Parabéns, Bob Dylan!
E, já agora, acompanhe-se "Blowin in the wind" com a letra...
How many roads must a man
walk down,
Before you can call him a
man?
How many seas must a white
dove sail,
Before she sleeps in the
sand?
How many times must
cannonballs fly,
Before they're forever
banned?
The answer, my friend, is
blowin' in the wind
The answer is blowin' in the
wind
How many years can a
mountain exist,
Before it's washed to the
seas (sea)
How many years can some
people exist,
Before they're allowed to be
free?
How many times can a man
turn his head,
And pretend that he just
doesn't see?
The answer, my friend, is
blowin' in the wind
The answer is blowin' in the
wind.
How many times must a man
look up,
Before he can see the sky?
How many ears must one man
have,
Before he can hear people
cry?
How many deaths will it take
till he knows
That too many people have
died?
The answer, my friend, is
blowin' in the wind
The answer is blowin' in the
wind.
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quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Para a agenda (e para leitura) - Revista "Devir" no seu terceiro número
O terceiro número da revista Devir, que que reúne autores ibero-americanos, vai ser apresentado em 18 de Outubro, em Lisboa, na Galeria Carlos Carvalho. Nesta edição, além de portugueses, há também poetas brasileiros, espanhóis, peruanos, argentinos, colombianos e cubanos, com destaque para os seus textos até aqui inéditos. De valorizar também é o dossiê referente a Nuno Júdice, que inclui entrevista àquele que já recebeu o Prémio Rainha Sofia da Poesia Ibero-Americana (2013) e que, já em 2016, obteve a distinção "alla carriera" no Prémio Internacional de Poesia "Europa in Versi" e ganhou o Prémio Literário António Gedeão (Outubro). O índice desta terceira edição da Devir pode ser consultado aqui.
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quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Bocage visto pelos seus contemporâneos (III), de António Chitas
A terceira parte do estudo que António Chitas tem vindo a publicar no jornal O Setubalense saiu na edição de hoje. "Bocage visto pelos seus contemporâneos" é uma achega para a diversidade de olhares sobre Bocage. Boas leituras!
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sábado, 8 de outubro de 2016
Para a agenda: e-Vox canta o amor, em tributo a Sebastião da Gama
"Cantigas de Amor", título que remonta à lírica galego-portuguesa e à tradição literária portuguesa, vai ser a designação do concerto do grupo e-Vox, que terá lugar em 15 de Outubro, pelas 21h30, em Setúbal, no Salão Nobre da Câmara Municipal.
O concerto será também um "tributo a Sebastião da Gama", o poeta que também nos legou versos em que a referida tradição literária está evidente. O grupo e-Vox, agora constituído por Salvador Peres, Diná Peres e Alberto Pereira, já conta no seu historial com outro concerto em que Sebastião da Gama foi o poeta homenageado, além de, em 2012, com o patrocínio da Associação Cultural Sebastião da Gama, ter visto gravada em cd essa mesma homenagem sob o título de "Pelo sonho é que vamos", empréstimo de um dos mais conhecidos e profundos versos do poeta de Azeitão.
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Para a agenda: A literatura de Agostinho da Silva em considerações
Em Sesimbra, através do jornal Raio de Luz e do Projeto António Telmo, vai estar em foco "A Literatura de Agostinho da Silva". Uma forma de (re)lembrar uma obra sempre digna e oportuna de se ler. O programa é variado e intenso. Em 15 de Outubro, no Centro de Estudos Culturais e de Acção Social Raio de Luz, em Sampaio (Sesimbra). Para a agenda!
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sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Para a agenda: Aguarelas de Paulina Vasconcelos
Paulina Vasconcelos mostra aguarelas na Casa da Baía, em Setúbal, a partir de 8 de Outubro. Para a agenda!
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Para a agenda: Cristina H. de Melo e a pintura
Quase um mês, a partir de 8 de Outubro, a fotografia de Cristina H. Melo vai estar em mostra na Casa da Cultura, em Setúbal. "E logo à tarde tudo será o mesmo?" Para a agenda!
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quarta-feira, 5 de outubro de 2016
ONU - O senhor que se segue - António Guterres
António Guterres, português, é o senhor que se segue na lista e na história como secretário-geral da ONU. Parabéns, engenheiro António Guterres!
Fotos: Quadros em tapeçaria dos SG da ONU (sede da ONU, Nova Iorque)
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terça-feira, 4 de outubro de 2016
Dia Mundial dos Professores - 5 de Outubro
5 de Outubro, além do significado que tem para a história mais recente do nosso país, é também a oportunidade para assinalar o Dia Mundial dos Professores, iniciativa que sucede desde há alguns anos por parte de vários parceiros, entre os quais a UNESCO.
A mensagem para este ano é
clara - da página da UNESCO transcrevo a intenção para este ano, que é: O Dia Mundial dos
Professores marcará o 50º aniversário da aprovação, em 1966, da Recomendação
Conjunta da OIT e da UNESCO relativa à Condição do Pessoal Docente. Será também
o primeiro Dia Mundial dos Professores que se celebra no âmbito da nova Agenda
da Educação 2030, aprovada pela comunidade mundial no ano passado. O lema deste
ano, “Valorizemos os docentes, melhoremos o seu estatuto profissional”, resume os princípios fundamentais desta recomendação que completa o seu meio século,
ao mesmo tempo que chama a atenção sobre a necessidade de apoiar os docentes,
tal como ficou expresso nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os
docentes não só são fundamentais para tornar real o direito à educação, mas
também são a chave para a consecução das metas que compõem o ODS. A fim de
alcançar esta meta, é preciso não só aumentar consideravelmente a oferta de
docentes qualificados, mas também motivá-los mediante a valorização do seu
trabalho.
Apetece-me ler um pequeno
excerto de uma obra de referência da literatura europeia e mundial: Coração,
de Edmundo de Amicis, título publicado no mesmo ano em que em Portugal se
publicava Os Maias - 1888. A obra é o diário de um estudante, Henrique,
e tem algumas belas páginas sobre a importância do professor, de que destaco "O professor de meu pai". Apesar de serem
várias páginas, recomendo a leitura: é acessível, é uma boa imagem e,
sobretudo, relata uma possibilidade que todos gostaríamos de ter!
Oxalá este dia seja de reconhecimento para os Professores! Oxalá sirva para acreditarmos na importância e na exigência da nossa profissão! E no que podemos ou devemos fazer também! Bom Dia Mundial dos Professores!
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