Quase acabado de chegar da homenagem prestada ao Rui Serodio no final da noite de ontem... em que o auditório da Casa da Cultura, em Setúbal, foi pequeno para tanta gente. Por lá se sentiu o conforto da solidariedade, por lá se sentiu a homenagem colectiva e individual que cada um lhe quis fazer. E, um ano passado, tivemos a sensação de que o Rui nos tinha visitado a relembrar umas histórias de que quase nos esquecêramos.
Bem andou a organização desta actividade! Muito bom foi o filme-documentário que saudou a memória do Rui! Bem andaram aqueles que emprestaram a voz a textos do Rui, cheios de humor - do humor do Rui, fino e certeiro, aristocrático! - e de amor - à simplicidade e à paz da vida! Bem andou o coro "Afina Setúbal", criança a crescer a partir dos primeiros ensaios e ensinamentos do Rui!
Todos ouvimos o Rui e recusámos a despedida, que se transformou num "até sempre". Ficamos agora à espera do que há-de vir: a história, as estórias e as músicas do Rui, tudo envolvido naquele carinho e exactidão em que o Jorge Calheiros sabe transformar as coisas em que se mete. Je suis le pianiste contar-nos-á Rui Serodio. Algures no próximo ano. Com a memória a deixar-se invadir pelas palavras e pelas músicas com que o Rui nos brindou.
Foi boa a homenagem. Singela. Sentida. Forte e intensa. Como acho que o Rui gostaria que fosse...
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