quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Memória: Luciano Pavarotti (1935-2007)

Na cantina, a funcionária dividia a tarefa de me servir com o trautear do "O sole mio", parando, de repente. "Tenho tanta pena dele! Gostava muito de o ouvir...", explicou, em jeito de desculpa por estar a acumular as duas tarefas ou em esboço de desabafo.
É. Vamos poder ouvir Pavarotti nas gravações, claro. Mas o tom único de cada uma das suas improvisações acabou-se. Nunca assisti ao Pavarotti ao vivo, mas as suas interpretações têm-me acompanhado muito, desde há muito tempo, sejam as feitas a solo ou as acompanhadas. Além de uma voz poderosa e de muitos outros predicados que os conhecedores lhe poderão pôr, Pavarotti teve o mérito de trazer a chamada música e o canto eruditos para os ouvidos, e até para a voz, de muita gente, de a divulgar, de a tornar mais presente. E o mundo tem que lhe agradecer. [Foto de Encyclopaedia Britannica online]

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