A reunião decorria e um telefone tocou. Mateus atendeu e, ao longo da conversa, que não foi longa, o seu rosto transfigurou-se. Algo de impossível parecia acontecer. “Ó João, podes ligar aí a televisão?” A operação foi rápida. Ouviu-se, primeiro, o discurso do jornalista, ainda com o ecrã negro. Recordo que me parecia estar a ouvir mal. Depois, veio a imagem, sempre ela, a valer mais do que tudo. Uma das torres em chamas e um segundo avião a atirar-se contra a outra. O desmoronamento. A dor. A impotência. A fragilidade. A descrença. O inacreditável e o incalculável. O sofrimento, o sofrimento, o sofrimento. Enquanto reportagens de outras partes do mundo mostravam festejos pelo acontecido nas coordenadas de Nova Iorque…
Seis anos depois, o mundo está diferente, é verdade. Mas porque se acredita menos que as soluções para um mundo melhor existam!
Seis anos depois, o mundo está diferente, é verdade. Mas porque se acredita menos que as soluções para um mundo melhor existam!
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