segunda-feira, 2 de julho de 2007

Escuteiros

O mais recente monumento em Setúbal assinala os 100 anos do escutismo e foi inaugurado no Parque do Bonfim no sábado, promovido pela Junta Regional de Setúbal do Corpo Nacional de Escutas. É uma peça em metal segundo projecto de Miguel Garrana Amaral, que, em dado ângulo de visão, sugere a flor-de-lis, símbolo escutista.
Quando Baden Powell (1857-1941) publicou o Escutismo para Rapazes (1908), não terá pensado no que viria a ser o movimento escutista mundial. Certo é que o livro apaixonou vontades e ainda hoje se lê com gosto, não só com vantagens para quem queira seguir o movimento escuta, mas também para quem queira descobrir uma forma de conviver com a Natureza. Recordo o fascínio exercido pela leitura deste livro já há uns anos, de tal forma que, não tendo sido escuteiro, numa ida a Londres não pude deixar de visitar a Baden Powell House, ali para os lados de Kensington, na procura de mais informação sobre o homem, sobre o autor e sobre o movimento escuteiro mundial. Os lemas de vida de Powell ficaram expressos numa sua carta de despedida e valem um itinerário: “O estudo da natureza mostrará a vocês quão repleto de coisas belas e maravilhosas Deus fez o mundo para vocês gozarem. Alegrem-se com o que receberam e façam bom proveito disso. Olhem para o lado brilhante das coisas, ao invés do lado sombrio delas. Contudo, a melhor maneira de obter felicidade é proporcionar felicidade às outras pessoas. Tentem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram e, quando chegar a vez de morrerem, possam morrer felizes com o sentimento de que, pelo menos, não desperdiçaram o tempo, mas sim fizeram o melhor que puderam.” É, aliás, o final desta mensagem que figura na base do monumento agora inaugurado.

Escuteiros de várias gerações presenciaram a inauguração e comovente foi ver o Chefe Joaquim (de Jesus de Oliveira), fundador de vários agrupamentos em Setúbal, com uma vida dedicada ao escutismo, presente e fardado, apesar das dificuldades da doença.

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