Forasteiro que, na tarde de ontem, chegasse a Setúbal e se apercebesse da programação cultural na cidade ficaria espantado: numa tarde, entre as 15h30 e as 17h30, nada menos do que a apresentação de quatro livros, todos de diferentes áreas. E não estávamos em nenhuma capital do livro, em nenhum evento desses que giram em torno das festas do livro. Não, era em Setúbal, onde uma situação destas não é vulgar. Por ordem do relógio, ocorreram as seguintes apresentações: Promessa, de Ilídio Gomes (poesia, na Biblioteca Municipal de Setúbal); Edição e editores - O mundo do livro em Portugal, 1940-1970, de Nuno Medeiros (ensaio, na livraria Culsete); Museu de Setúbal e o seu fundador João Botelho Moniz Borba, de Francisco Moniz Borba (memória e história local, no Convento de Jesus); Sobreviver ao cancro, de Florindo Cardoso (testemunho, no Governo Civil de Setúbal).
Coincidência, por certo. E acaso, também. E mais a coincidência de um dos livros ser justamente sobre a vida editorial. E mais a coincidência de outro, sobre o Museu de Setúbal, ter sido apresentado no que do Museu vai restando, assim tornando vivo o que foi um Museu (que agora só por eufemismo se pode dizer que existe).
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