Em 5 de Janeiro de 1998, as notícias que abriram o Setubalnarede foram, por ordem de aparecimento: “Bispo de Setúbal acredita no triunfo da verdade”, “PS ganha terreno no distrito de Setúbal”, “Governador Civil privilegia a área do social”, “Mata Cáceres admite culpas e promete mais trabalho”, “Rádios de Setúbal com défice de rigor informativo”, “Trabalhadores da Sodia querem respostas do Governo”, “Principais acontecimentos de 1997”, “O Senhor Povo decidiu: E agora, Mata Cáceres?”, “Sonae tem caminho aberto” e “Banco Essi já apresentou proposta”. Trocando por miúdos, o Bispo de Setúbal era D. Manuel Martins; as eleições autárquicas tinham levado os socialistas ao poder nos concelhos de Montijo e de Sesimbra; o Governador Civil era Alberto Antunes; Mata Cáceres era eleito presidente da Câmara de Setúbal pela quarta vez, mas perdendo a maioria absoluta no executivo; várias rádios sadinas estavam na mira dos socialistas por, alegadamente, os terem difamado; trezentos funcionários da Sodia/Renault estavam apreensivos porque Março se aproximava e a linha de montagem do Clio terminaria nessa altura; surgia a retrospectiva do que fora o ano de 1997; o jornalista Rogério Severino opinava sobre a descida de resultados protagonizada por Mata Cáceres; o Banco Essi deixava a corrida sobre a Torralta, agora a favor da Sonae, e virava-se para a SAD vitoriana.
Uma dúzia de anos passa hoje sobre estes relatos e todos nos lembramos destes protagonistas e destas histórias. Muitos as poderiam contar, mas a memória delas chega-nos através do jornal digital Setubalnarede (www.setubalnarede.pt), que obteve o Prémio Gazeta da Imprensa Regional em 1999. Momentos altos, outros nem por isso, tempos de muita informação, outros assim-assim, fábrica de sonhos e de projectos, o Setubalnarede cedo se impôs como uma referência, num tempo em que os blogues não tinham significado e em que a difusão noticiosa via net começava a entusiasmar as massas. Recordo um projecto bem interessante como Memórias da Revolução no distrito de Setúbal 25 anos depois, obra em dois volumes (Setúbal: Setubalnarede, 2001-2002), organizada por Pedro Brinca e Etelvina Baía, reunindo cerca de uma centena de entrevistas a protagonistas dessa época, espaço de encontro de nomes como Carlos Beato, Cristina Rocha Neto, Isabel Guerra, Joaquim Pires, Machado Luciano, Francisco Lobo, Regina Marques, João Aldeia, Jaime Graça, Orlando Curto, Odete Santos, Carlos César, Vasco Lourenço, José Rebelo, Dimas Pereira ou Fernando Cardoso Ferreira, entre muitos outros citáveis e justificáveis. Textos de comentário para essa obra escreveram Vítor Alves, Ramalho Eanes e Otelo Saraiva de Carvalho e o jornalista Adelino Gomes dedicou ao primeiro volume uma página no Público. Recordo a iniciativa da tertúlia bocagiana que tem acontecido há vários anos na noite de 14 para 15 de Setembro, devida ao jornal. Recordo o trabalho de maratona que foi o vasto conjunto de entrevistas a autarcas e a candidatos a autarcas a propósito das últimas eleições autárquicas.
Uma dúzia de anos. E de trabalhos. De notícias. De intervenção. Um tempo para não esquecer, de serviço para a comunidade, para a cidadania.
Uma dúzia de anos passa hoje sobre estes relatos e todos nos lembramos destes protagonistas e destas histórias. Muitos as poderiam contar, mas a memória delas chega-nos através do jornal digital Setubalnarede (www.setubalnarede.pt), que obteve o Prémio Gazeta da Imprensa Regional em 1999. Momentos altos, outros nem por isso, tempos de muita informação, outros assim-assim, fábrica de sonhos e de projectos, o Setubalnarede cedo se impôs como uma referência, num tempo em que os blogues não tinham significado e em que a difusão noticiosa via net começava a entusiasmar as massas. Recordo um projecto bem interessante como Memórias da Revolução no distrito de Setúbal 25 anos depois, obra em dois volumes (Setúbal: Setubalnarede, 2001-2002), organizada por Pedro Brinca e Etelvina Baía, reunindo cerca de uma centena de entrevistas a protagonistas dessa época, espaço de encontro de nomes como Carlos Beato, Cristina Rocha Neto, Isabel Guerra, Joaquim Pires, Machado Luciano, Francisco Lobo, Regina Marques, João Aldeia, Jaime Graça, Orlando Curto, Odete Santos, Carlos César, Vasco Lourenço, José Rebelo, Dimas Pereira ou Fernando Cardoso Ferreira, entre muitos outros citáveis e justificáveis. Textos de comentário para essa obra escreveram Vítor Alves, Ramalho Eanes e Otelo Saraiva de Carvalho e o jornalista Adelino Gomes dedicou ao primeiro volume uma página no Público. Recordo a iniciativa da tertúlia bocagiana que tem acontecido há vários anos na noite de 14 para 15 de Setembro, devida ao jornal. Recordo o trabalho de maratona que foi o vasto conjunto de entrevistas a autarcas e a candidatos a autarcas a propósito das últimas eleições autárquicas.
Uma dúzia de anos. E de trabalhos. De notícias. De intervenção. Um tempo para não esquecer, de serviço para a comunidade, para a cidadania.
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