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Uma dúzia de anos passa hoje sobre estes relatos e todos nos lembramos destes protagonistas e destas histórias. Muitos as poderiam contar, mas a memória delas chega-nos através do jornal digital Setubalnarede (www.setubalnarede.pt), que obteve o Prémio Gazeta da Imprensa Regional em 1999. Momentos altos, outros nem por isso, tempos de muita informação, outros assim-assim, fábrica de sonhos e de projectos, o Setubalnarede cedo se impôs como uma referência, num tempo em que os blogues não tinham significado e em que a difusão noticiosa via net começava a entusiasmar as massas. Recordo um projecto bem interessante como Memórias da Revolução no distrito de Setúbal 25 anos depois, obra em dois volumes (Setúbal: Setubalnarede, 2001-2002), organizada por Pedro Brinca e Etelvina Baía, reunindo cerca de uma centena de entrevistas a protagonistas dessa época, espaço de encontro de nomes como Carlos Beato, Cristina Rocha Neto, Isabel Guerra, Joaquim Pires, Machado Luciano, Francisco Lobo, Regina Marques, João Aldeia, Jaime Graça, Orlando Curto, Odete Santos, Carlos César, Vasco Lourenço, José Rebelo, Dimas Pereira ou Fernando Cardoso Ferreira, entre muitos outros citáveis e justificáveis. Textos de comentário para essa obra escreveram Vítor Alves, Ramalho Eanes e Otelo Saraiva de Carvalho e o jornalista Adelino Gomes dedicou ao primeiro volume uma página no Público. Recordo a iniciativa da tertúlia bocagiana que tem acontecido há vários anos na noite de 14 para 15 de Setembro, devida ao jornal. Recordo o trabalho de maratona que foi o vasto conjunto de entrevistas a autarcas e a candidatos a autarcas a propósito das últimas eleições autárquicas.
Uma dúzia de anos. E de trabalhos. De notícias. De intervenção. Um tempo para não esquecer, de serviço para a comunidade, para a cidadania.
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