sábado, 28 de outubro de 2017

Para a agenda: Mário Moura, o médico que continua a testemunhar aos 90 anos



Mário da Silva Moura (n. 1927) é personalidade sobejamente conhecida em Setúbal, com uma vida dedicada à medicina (licenciatura em Coimbra em 1952), à intervenção cívica e à vida da Igreja, sobre quem têm recaído diversos prémios e condecorações, num gesto de reconhecimento pelo envolvimento e pelo compromisso.
Autor de obras como, entre outras, E o Homem Novo? - Testemunhos de dez anos de actividade de um jornalista cristão (Setúbal: Caritas Diocesana de Setúbal, 1995) e À Conquista da Liberdade (Lisboa: Âncora Editora, 2013), vai agora apresentar mais um título, desta vez entrando pelo mundo dos contos, Os “Acasos” na Construção da Vida, divulgado como “contos médicos que dão sentido à Utopia, à Fé e ao Amor, como exemplos da Liberdade e Humanidade”.
A sessão acontecerá em 30 de Outubro, pelas 21h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal, estando a apresentação a cargo de José Poças, clínico e também autor de obras relacionadas com a profissão médica.
No livro que publicou em 2013, relato autobiográfico e de afirmação de convicções e valores, Mário Moura não esconde o seu gosto pelo testemunho e pela escrita. Concluído quando fazia 85 anos, esse livro dá a conhecer uma personalidade múltipla e o horizonte de esperança que animava o seu autor, dizendo a dado passo quanto ao momento que vivia: “Dediquei-me de alma e coração à leitura e à escrita, passei a dar aulas numa universidade da terceira idade, ensinando matérias relacionadas com a medicina, com o envelhecimento e com os variados problemas do dia a dia. Como era inevitável, passei a pensar e reflectir sobre a vida e o seu termo, assim como a tentar decifrar os males do mundo.” E, mais adiante, afirma o seu principal compromisso: “Aos 90 ainda não sei qual é o imposto, mas não deixo de pensar como Agostinho da Silva - já não corro como corria, já não salto como saltava, mas ainda sonho como sonhava!”
A experiência, o testemunho e a convicção constituem argumentos fortes para que este livro de Mário da Silva Moura seja lido. A partir de 30 de Outubro. Para a agenda!

Sem comentários: