segunda-feira, 29 de junho de 2015

Para a agenda: Arruada da Culsete



Entre 3 e 12 de Julho, a livraria Culsete, em Setúbal, vai levar a cabo a sua 3ª Arruada. Tempo para convívio com letras e livros, com saberes e culturas. O programa é extenso, variado, rico. Tem muito por onde escolher. Para a agenda!

Para a agenda: Franciscanismo e importância religiosa da Arrábida



Vítor Melícias, franciscano e capelão do Convento da Arrábida, falará, em 3 de Julho, sobre o franciscanismo e a sacralidade da Arrábida, em sessão na capela da Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra. Às palavras juntar-se-á a música interpretada por Rão Kyao. Uma possibilidade de um encontro com a importância cultural e religiosa da Arrábida, dimensões que tornam a serra ainda mais mística. Para a agenda!

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Festa da Ilustração em Setúbal - Última semana



A primeira edição da Festa da Ilustração de Setúbal está quase no fim, pois que se está na sua última semana. Quer dizer: só tem até ao fim da semana para ver boas exposições, para viver de perto a Festa da Ilustração.
Fui ver, repeti algumas. Se o conselho serve para alguma coisa, é vê-las todas. Não haverá melhores, há diferentes, para diversos gostos. Gostei de André Carrilho, na Casa da Cultura; gostei de Maria Keil, na Galeria Municipal (edifício do Banco de Portugal); gostei de Lima de Freitas, na Galeria do 11; gostei de Manuel João Vieira, na Casa de Bocage. Há outras, que não sei se conseguirei ver; mas ainda tentarei.
Passada esta semana, só voltará a haver Festa da Ilustração para o ano... porque, como diz o cartaz, "não se pode viver sempre em festa". E, já agora, "é preciso fazer um desenho?" Para a agenda, obviamente! Mesmo que haja necessidade de um esforço suplementar...

terça-feira, 23 de junho de 2015

Convento de Jesus - Depois da reabertura, a espera pelo futuro



Reportando-se à reabertura do Convento de Jesus, que ocorreu no Sábado, o Público de hoje avança com as declarações quanto ao futuro deste monumento, proferidas por Maria das Dores Meira, presidente da Câmara de Setúbal, e por Jorge Barreto Xavier, Secretário de Estado da Cultura.
Vinte e três anos depois do encerramento, o Convento abriu e o gesto e a obra são motivo de orgulho. Agora, confiemos na celeridade e na vontade de que  se não tenha de esperar outro tanto tempo. Mostremos que gostamos do nosso património. É único e isso basta para a urgência e para o empenho!

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Para a agenda - Sobre os 500 anos do foral manuelino de Setúbal



No fim de semana que se avizinha, vão terminar as celebrações dos 500 anos do foral manuelino de Setúbal. Uma edição sobre os forais de Setúbal e várias comunicações vão enriquecer a noite de 27 de Junho a partir das 21h00. No Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal, com a seguinte agenda:

1) Conferência “Os 500 anos do foral Manuelino de Setúbal”
- Prof. Dr. João José Alves Dias (FCSH/Nova): "Para que todos paguem segundo a sua obrigação. Os forais novos no alvor da Modernidade"
- Dr. João Costa (IEM-FCSH/Nova; CEH-Nova): "Os forais novos da península de Setúbal: semelhanças e especificidades"
- Dr. Pedro Pinto (CHAM-FCSH/Nova - Uaç.; CEH-Nova): "Os autos de publicação dos forais novos na comarca de Entre-Tejo-e-Odiana"
- Dr. José Jorge Gonçalves (CHAM-FCSH/Nova - Uaç.; CEH-Nova): "A edição impressa em 1509 da Regra da Ordem de Santiago: algumas questões a considerar no seu estudo"
2) Apresentação da obra Os Forais de Setúbal 1249 | 1514, Autor João Costa, Edição Câmara Municipal de Setúbal

O evento tem a realização da Câmara Municipal de Setúbal, em colaboração com a LASA (Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão) e com o CEB (Centro de Estudos Bocageanos). Para a agenda!

Para a agenda - Carlos Sargedas e o Cabo Espichel, em Setúbal


A associação Synapsis traz a Setúbal o Cabo Espichel por um dos seus mais empenhados defensores - Carlos Sargedas, autor de fotografias, de livros, de ideias, em torno do Espichel. Integrado no programa "Sextas de Arte e Ciência", o título do encontro não esconde a dose de mistério e de afecto - "Cabo Espichel - Em terras de um mundo perdido". A descobrir! Para a agenda!

Convento de Jesus - a reabertura, 23 anos depois



O Convento de Jesus reabriu no sábado, 20 de Junho, depois de 23 anos de encerramento. Boa notícia para Setúbal, claro. Boa notícia para a cultura, obviamente. E ainda: esperança de que se realize o que falta. A visitar. E visite-se ainda aquilo que do acervo do Museu de Setúbal é mostrado na Galeria Municipal, a funcionar nas instalações que foram do Banco de Portugal (Av. Luísa Todi). Setúbal tem uma riqueza cultural extraordinária, que é pena passar ao lado dos setubalenses.
Aqui se reproduz a notícia de O Setubalense de hoje sobre a reabertura do Convento. A visitar.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Para a agenda: Bocage na Festa da Ilustração, em Setúbal



A Festa da Ilustração de Setúbal promete animar este Junho. "É preciso fazer um desenho?" Que o diga Manuel João Vieira na exposição "Bocage porno". A abrir na noite de hoje, na Casa Bocage. Para a agenda!

Para a agenda: Helena Mendonça... escolhe o tema



O grupo Synapsis prossegue no programa de encontros "Sextas de Arte e Ciência". A 19, a palestra cabe a Helena Mendonça. Tema? Isso mesmo: "A escolha do tema..." No MAEDS, na Avenida Luísa Todi, em Setúbal. Para a agenda.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Para a agenda: Histórias do Manuel Bola



A Festa da Ilustração de Setúbal também traz a graça e o humor de Manuel Bola, aliás, Carlos Rodrigues. Histórias do pincel da barba é um conjunto de quatro narrativas protagonizadas por personagens que podiam enfeitar o nosso quotidiano, assinadas por Manuel Bola e ilustradas por Gonçalo Duarte. Em 18 de Junho, na Barbearia da Baixa, em Setúbal.

Para a agenda: Reabertura do Convento de Jesus, em Setúbal



Os dias 20 e 21 de Junho vão assinalar a reabertura do Convento de Jesus, que esteve fechado durante quase um quarto de século. É o retomar o contacto com uma jóia manuelina. Que Setúbal merece! Para a agenda.

Para a agenda: TAS e "A Razão"



Encontraremos A Razão sobre o palco em 18 de Junho (ante-estreia) e a partir de 19 (dia em que surge a estreia). Pelas caras do TAS (Teatro Animação Setúbal). Encenação a partir de Auto da Razão, de Jorge Palinhos (Prémio Miguel Rovisco INATEL 2002). Com Sónia Martins, José Nobre, Susana Brito e Miguel Assis, um bom naipe. Para a agenda!

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Carlos Silveira: aproximação a Setúbal




O título do filme não podia conter maior marca de identificação: Sadino. Assim. Só. Em quase sete minutos de imagens trabalhadas que nos olham, ou que olhamos, ou em que somos levados a reparar. Pela impressão das imagens de Carlos Silveira. Marcas de Setúbal. A ver aqui. A divulgar.

Para a agenda: Marchas Populares em Setúbal



Elas aí estão, com o fulgor que se adivinha. Motivos populares da quadra em casamento com motivos locais, alegria e concorrência, participação e associativismo, espectáculo e boa disposição... ingredientes que condimentam as Marchas Populares de Setúbal. Amanhã e uma semana depois. Para a agenda!

Para a agenda: António Cagica Rapaz - A reedição dos contos



António Cagica Rapaz (1944-2009) é autor de um interessante conjunto de títulos ligados à identidade sesimbrense. Amanhã, na Biblioteca Municipal de Sesimbra, vai ser apresentada a reedição de Noventa e tal contos, trazidos por João Augusto Aldeia e Pedro Martins. Um bom pretexto para simpática leitura e para um olhar literário sobre Sesimbra. Para a agenda!

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Para a agenda: Alice Brito, o segundo romance



Na senda da qualidade de escrita do primeiro romance, As Mulheres da Fonte Nova, eis o segundo romance de Alice Brito, O dia em que Picasso encontrou Estaline na biblioteca. A ser apresentado hoje, à noite, na Casa da Cultura, com a presença da autora, de Fernando Rosas e de Rosa Azevedo. Um livro de qualidade. A ler, obrigatoriamente. Para a agenda.

Uma boa notícia para Setúbal: A reabertura do Convento de Jesus, passado quase um quarto de século



Uma boa notícia para Setúbal, quase um quarto de século depois!!! Convento de Jesus vai reabrir. É notícia de O Setubalense de hoje (pg. 16).

Petição pública - Escola Secundária de Palmela




Caros Amigos,
Acabei de ler e assinar a petição: «Por um pavilhão desportivo na Escola Secundária de Palmela» no endereço http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PavilhaoAPEE-ESP
Pessoalmente concordo com esta petição e cumpro com o dever de a fazer chegar ao maior número de pessoas, que certamente saberão avaliar da sua pertinência e actualidade.
É necessária a solidariedade de todos para que os poderes deixem de fazer orelhas moucas perante um problema que criaram. Um Escola Secundária sem instalações desportivas condignas, sem um pavilhão desportivo há mais de uma década, com aulas de Educação Física a decorrerem ao sabor do clima e, muitas vezes, dentro de salas de aula normais... Assine e partilhe! Um dever de cidadania, apenas!
Uma 3ª fase das obras adiada e sucessivamente esquecida desde há 13 anos, faltando ainda sala de alunos, laboratórios e espaços de disciplinas específicas... Assine e partilhe! Um dever de cidadania, apenas!
Agradeço que subscrevam a petição e que ajudem na sua divulgação através de um email para os vossos contactos.
Obrigado.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Mãe - um texto de antologia, por Miguel Esteves Cardoso



Um texto de antologia sobre a mãe, essa personagem que tem ocupado poemas, crónicas, histórias, desde sempre. Miguel Esteves Cardoso, no Público de 2 de Junho. A ler, a sentir, a tudo! Obrigado pela partilha emocional, Miguel Esteves Cardoso!

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Para a agenda - Festa da Ilustração, em Setúbal



A Festa da Ilustração de Setúbal, na sua primeira edição, abriu à meia-noite de hoje. Um mês para contactar com esse espectacular mundo da ilustração, com alguns dos grandes nomes da área, com muitas obras ímpares. Um programa cheio, a ocupar a cidade de Setúbal.
Nomes e sítios? André Carrilho, na Casa da Cultura; João Abel Manta, no Forum Luísa Todi; Maria Keil, na Galeria Municipal (antigo Banco de Portugal); Lima de Freitas, na Galeria do 11; Beatriz Manteigas, na Casa da Avenida; André Letria, no Museu Sebastião da Gama, em Azeitão; Manuel João Vieira, na Casa Bocage. E mais outras actividades, em que se incluem: trabalhos de escolas da região; a Feira do Livro Ilustrado (na Casa da Avenida); evocações em diversas lojas da "baixa" da cidade; o lançamento do livro Histórias do Pincel da Barba, da dupla Carlos Rodrigues / Manel Bola; concertos diversos.
Uma organização entre a Câmara Municipal de Setúbal e o atelier DDLX, com o saber de José Teófilo Duarte.
Uma ilustração que é mesmo uma festa. "É preciso fazer um desenho?"

Adolfo Casais Monteiro: (um)a certa ideia de Europa



O dia 23 de Maio de 1945, uma quarta-feira, tem um registo incerto na cronologia da II Grande Guerra: provavelmente, terá sido o dia em que Himmler, com 45 anos, poderoso do III Reich, chefe das SS e da Gestapo, se suicidou, num trajecto vertiginoso de final de uma época, depois que Hitler cometera o mesmo feito no derradeiro dia de Abril e, sobretudo, depois que a paz voltara à Europa a partir de 8 de Maio. Na capital portuguesa, o jornal Diário de Lisboa desse dia 23 (dir.: Joaquim Manso. Lisboa: nº 8078) mostrava na sexta página uma pequena nota em que referia: “A Europa, durante cinco anos, correu em busca de abrigo para as tormentas da sua dor. Para onde? Para onde houvesse indício de aquietação, ao menos para onde o cenário não fosse o mesmo. (…) Agora, passado o temporal, cada um tenta a viagem de regresso.” Era o regresso dos exilados, de volta à Europa-mãe, numa tentativa de reencontro e de reconstrução de um continente de paz.
Nesse mesmo dia 23 de Maio [passaram há pouco 70 anos], acontecia um evento que não consta nas cronologias da II Guerra Mundial e que envolveu portugueses: aos microfones da BBC, António Pedro lia o poema Europa, de Adolfo Casais Monteiro, texto que só viria a ser publicado no ano seguinte (1946) por responsabilidade da editora Confluência (com desenho de António Dacosta), ainda que com alterações. Por 1945, António Pedro era autor de palestras na BBC, em que não poupava o regime alemão. Em 16 de Novembro desse ano, em carta, Casais Monteiro anunciava ao palestrante da BBC: “desde que o ouvi ler a minha Europa tornou-se uma espécie de pesadelo; a pura verdade é esta: queria umas boas horas de cavaco consigo – e não tenho vontade de aqui estar a falar só” e, mais adiante, refere a publicação do poema, que lhe será oferecido, por ser “a mínima justiça que lhe posso fazer”. Com efeito, o livro abre com a dedicatória “Ao António Pedro, que foi na hora própria a voz de todos os Portugueses que não esqueceram a sua condição de Europeus e cidadãos do mundo”. De uma só vez, três linhas de orientação sobre o ser português – a memória, a condição europeia e a cidadania.
O poema seria publicado no início de 1946 e, da parte de José Régio, mereceu uma apreciação epistolográfica datada de 24 de Fevereiro, a partir de Portalegre: “De facto, penso que ele não vale – como arte – uma página dos Adolescentes [de 1945]. Já sei que esta minha opinião também o não surpreende. Mas não acho mal que Você o tenha escrito e publicado. A poesia desse género tem dois grandes perigos: o mero interesse de actualidade – e a quase irresistível tendência para se sobrepor à poesia – à verdadeira poesia – a declamação retórica. Mas o seu poemeto salva-se menos mal desses terríveis riscos pela vibração de sinceridade que o atravessa.”
Constituído por cinco partes, o poema apela para a existência de uma Europa civilizada, com identidade, a ser recriada, valorizadora do homem. Logo na primeira parte, a ideia é a do sonho de uma Europa humanizada, rejeitando o que tinha acontecido antes: “Tua grandeza a fizeram / os que nunca perguntaram / a raça por quem serviam. / (…) // Europa, ó mundo a criar! // Europa, ó sonho por vir / (…) / Europa, sonho incriado. / (…) /// Europa, tu virás só quando (…) / O homem que sonhaste, Europa, seja vida!” Depois deste desafio deixado na abertura do poema, há a contemplação adequada ao tempo histórico “de discursos, / florindo em chaga, em pus, em nojo / (…) de guerras de fronteiras”, para, a seguir, ser marcado o espírito de vigilância e ainda o receio: “Os que não morreram velam. // (…) / o medo ronda, / o ódio espreita.” E o poeta intervém, no seu momento, sentindo o desdém pela obra cometida, pela destruição conseguida, pela desumanidade: “Olho num pasmo sem limites, / e fico sem palavras, / na dor de serem homens que fizeram tudo isto”, sendo o pronome a moldura para um quadro de terror – “esta pasta ensanguentada a que reduziram a terra inteira, / esta lama de sangue e alma, / de coisa e ser”.
Tão intenso trajecto só poderia terminar em protesto, em compromisso contra a malícia e contra a desumanização. As exclamações e as perguntas retóricas ajudam a pensar, numa condução para o repúdio pela obra feita – “De que são feitos os homens / (…) / que matavam ou deixavam morrer homens aos milhões?” –, levando a uma conclusão inevitável, forte – “O homem não se há de submeter à / violência” –, e a uma proclamação – “Só o homem livre é digno de ser homem!”, máxima que fecha o grito escrito.
O poema afirma-se em forma de declaração de intenções, num acto compromissivo com a vida e com o futuro, na busca de um paraíso cultural e humanizado, sonhado, capaz de curar a Europa devastada e sofrida que sobrevivia. Como José Augusto Seabra reconheceu (“Um poema português para a Europa”, prefácio à edição de Europa, em 1991 – Porto: “Nova Renascença” / Europalia), este era um texto de “apelo à fraternidade”, mas também de “prevenção lúcida” aos povos, aos políticos e aos países no sentido de serem afirmados valores como “a liberdade, os direitos humanos, a solidariedade social”.
O que a Europa foi depois, o que a Europa é agora, até que ponto a marca emblemática apregoada por Casais Monteiro se configurou… essas são outras questões que vão além da literatura e, especialmente, da poesia!