Depois de ler António José da Silva (1705-1739), o tal que foi vítima no mesmo auto-de-fé que acabou com a personagem Baltasar Sete-Sóis de Memorial do Convento, de José Saramago, o tal que foi cognominado "Judeu", ficam algumas verdades retidas a partir de Anfitrião, que tem o subtítulo de "Júpiter e Alcmena" (Col. “Clássicos Inquérito”, 14. Lisboa: Editorial
Inquérito, s/d):
Amor – “Amor é como a Fénix que, para renascer
mais belo, é preciso que, de quando em quando, se abrase nas chamas de um
arrufo.”
Ausência – “Não há pior mal que o da ausência, pois
ao mesmo tempo que acrescenta a saudade também acrescenta o tempo.”
Casamento – “Marido sem ser amante é o mesmo que corpo
sem alma. Que importa que o matrimónio ligue o corpo se o amor não une as
almas?”
Desejo – “Sempre a boca fala tarde quando madruga o
desejo.”
Impossível – “Os impossíveis só se fizeram para os que
verdadeiramente amam.”
Juiz – “Um juiz, para ser bom, há-de ser como um
espelho: aço por dentro e cristal por fora. Aço por dentro para resistir aos
golpes das paixões humanas e cristal por fora para resplandecer com virtudes.”
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