segunda-feira, 12 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
A República na minha Escola
Alunos da turma D de 12º ano da minha escola, orientados pela professora de História, apresentaram ontem à comunidade uma sessão sobre os 99 anos da República. Foram cerca de 60 minutos de evocação, de saber, de divulgação, de criatividade, de trabalho, de arte. Por ali passou o esforço de investigação sobre personagens ligadas à implantação da República; por ali passou a evocação do primeiro Presidente da República; por ali passou a poesia vinda das palavras de Antero de Quental, de Miguel Torga e de Manuel Alegre; por ali passou a música que interpretou e recriou "A Portuguesa" (que emocionou muitos dos presentes); por ali passou a generosidade de um grupo de alunos que fez encher um auditório para mostrar resultados do seu trabalho. Foi simpático, instrutivo, bonito e útil.
Não podia deixar de registar esta forma de, através do trabalho dos / com os alunos, a nossa contemporaneidade e o nosso passado serem vividos na Escola. Momento alto no (quase) início do ano lectivo, pois!
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Política caseira (97): Migalhas de ética
Qual a finalidade de uma “Comissão de Honra” na candidatura a uma autarquia? Provavelmente, mostrar que cidadãos se disponibilizaram a dar a cara por essa candidatura, ainda que não a integrando.
Até aqui, tudo bem. As “Comissões de Honra” numa candidatura deste tipo valem pelos cidadãos que as constituem, com as suas identidades próprias.
Mas não faz parte dessa identidade o cargo que desempenham numa qualquer associação para que tenham sido eleitos ou nomeados, porque não podem comprometer a instituição que representam no apoio à candidatura “a” ou “b”, mesmo porque o lugar em que estão não é definitivo.
É por estas razões que antipatizo com as “Comissões de Honra” em que ao nome dos cidadãos e à respectiva profissão é acrescentado o cargo que desempenham no movimento associativo ou em organismos públicos.
Houvesse um pouco de ética e nem os cidadãos consentiam que esses dados figurassem nem os movimentos político-partidários usavam essa forma baixa de comprometer instituições. Pode ser uma questão de somenos, mas é um sinal da forma como os pactos funcionam e de como os pactos não deviam ser. No mínimo, é enganador. E é também um abuso.Não sei quantas candidaturas adoptaram em Setúbal esta prática, mas sei que houve quem a fizesse. Lamentável!
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quarta-feira, 7 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Dia Mundial dos Professores, hoje

A mensagem da Unesco chama também a atenção para o que deve ser a função do professor hoje: «Num mundo interdependente e em evolução constante, os docentes devem não só assegurar-se de que alunos adquirem sólidas competências nas disciplinas de base, mas também de que eles se tornam cidadãos responsáveis a nível local e mundial e que usam as novas tecnologias e são capazes de tomar decisões claras nas áreas da saúde, do meio ambiente».
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domingo, 4 de outubro de 2009
Sobre "Que cena, professor!", de Thalita Rebouças

Intitula-se este capítulo “22 anos”, dando indicação sobre a idade da personagem, mas também sobre as experiências que por esta personagem já passaram e sobre o efeito que a memória nela tem. O capítulo seguinte intitula-se “3 anos”, indicando recuo longo no tempo, até à infância a partir da qual se reconhecem lembranças, tempo de “primeiro dia de aulas”, o primeiro dos primeiros, num mês de Setembro em que Malu ingressava no colégio infantil. Depois, os capítulos garantem a sequência das idades, um para cada ano de vida, com o que de mais marcante aconteceu nesse ano no percurso escolar da protagonista, até chegar, de novo, aos “22 anos”, outra vez título no derradeiro capítulo do livro.
Assim, a história é um longo “flashback” pelo itinerário em que Malu se encontrou com professores – no infantário, na escola de ballet, nos vários níveis de ensino frequentados, na escola de condução. De cada ano ficou pelo menos uma marca para a vida, em episódios lembrados pelo que significaram na relação com professores, com colegas, no crescimento e nas aprendizagens havidas, passando por coisas tão simples quanto a existência do Pai Natal, o (não) gostar do nome, as crises de identidade, as brigas com amigos, os sentimentos em torno das fotografias do conjunto turma, as visitas de estudo, os namoros, a estética e o cuidado com o corpo.
Por esta história vão passando situações particularizadas na vida de Malu, que bem podem ser as sentidas e vividas por todos os jovens. Contando a vida segundo um ponto de vista feminino, o de Malu, esta história bem pode ser uma leitura de género em que a rapariga se dá também a conhecer. Cada momento retratado através da memória tem relato curto, conciso, com economia descritiva, fortemente povoado de diálogo e de acção.
No final, o subtítulo “a vida continua” estabelece a ponte entre o narrado (e lembrado) e o aprendido que ficou para o futuro – “É muito bom olhar para trás e recordar todas estas histórias. Que saudade dos meus professores… São pessoas que marcam a nossa vida, os nossos conceitos, os nossos medos, as nossas inseguranças, as nossas emoções. E incentivam-nos a formar opiniões, testam-nos e deixam-nos ansiosos, curiosos; muitas vezes revoltados, outras empolgados, interessados.” O capítulo terminal é um canto de entusiasmo em honra dos professores tidos, que retrospectiva, lembra e lança a corrente dos afectos, numa junção dos momentos felizes evocados e do papel que os outros desempenha(ra)m na construção desse trajecto, final feliz, portanto – “A vida continua. E o importante é saber que a convivência com cada um dos meus professores foi óptima enquanto durou. Mas que queria muito dar um beijo repenicado na bochecha de muitos, ah, queria mesmo! E depois do beijo eu abriria o meu melhor sorriso e diria, sinceramente, do fundo do coração, aquilo de que me arrependo amargamente de nunca ter dito: Muito obrigada. Por tudo.”
As questões de crescimento e de formação de homens e de mulheres sobrepõem-se às latitudes e a vida também se faz com memórias. Este livro contém uma história com histórias para ler. Com um sorriso, pelo que retrata e pelo que sugere e pela graça com que os retratos nos chegam.
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Thalita Rebouças
sábado, 3 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Rostos (131)
Há pouco mais de 20 anos, o historiador palmelense, natural de Quinta do Anjo, António Matos Fortuna, escreveu um pequeno livro deveras significativo para a identidade da sua aldeia - Quinta do Anjo - Capital da ovelharia entre Tejo e Sado (Palmela: Câmara Municipal de Palmela, 1988). O título é curioso, pois terá sido a primeira homenagem aos pastores, aos tosquiadores, aos queijeiros, aos ovelheiros (a quem, de resto, chamou "semeadores de rebanhos em terras à volta"). Quase no final desse livro, lembrava António Matos Fortuna: "Mais ou menos, em todas as zonas do país existem pastores. Há, porém, algumas tipicamente consagradas nesse aspecto etnográfico. Em tal número ninguém pensará inscrever a freguesia de Quinta do Anjo, que sempre foi terra de ovelheiros." Duas décadas depois deste escrito, publicado em mês outonal, eis que o ovelheiro quintajense, de novo em mês de Outono, fica inscrito na memória e na identidade da aldeia.
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