Por meados da década de 1990, estava com alunos numa visita de estudo em Monsaraz. A dada altura, três pessoas aproximavam-se do restaurante. Uma dessas pessoas era Luís Amaro. Reconheci-o por uma fotografia que vira pouco antes, sabia do seu trabalho em favor da literatura portuguesa, tinha alguma informação sobre a sua amizade com Sebastião da Gama. Tendo ao alcance a oportunidade de o conhecer, meti conversa. Ficou admirado por o ter reconhecido, pois não era dado a publicitações e cultivava a sua discrição. Lá contei como o conhecia e falei-lhe de Sebastião da Gama, da “Colóquio-Letras” e de literatura. Mantivemos um bom bocado de conversa. E, à despedida, voltou a manifestar a sua admiração por o ter reconhecido...
Passaram uns anos e, por 2007, voltei a contactá-lo, agora por carta. Fomos mantendo diálogo, ora por telefone, ora epistolarmente. Deu-me informações sobre Sebastião da Gama, fez-me chegar indicações bibliográficas, enviou-me anotações sobre a edição do “Diário” de Sebastião da Gama que preparei no sentido de melhorar uma próxima edição, ofereceu-me o seu livro com dedicatória a propósito, usando sempre uma afabilidade e disponibilidade que me impressionaram. Em duas das cartas referiu a lembrança daquele encontro em que nos conhecemos em Monsaraz, num gesto de memória extraordinário.
Senti perder um amigo e uma grande oportunidade de mais saber quando fui informado do seu falecimento em finais de Agosto.
Inevitavelmente, na rubrica “Evocar Sebastião da Gama”, teria de lembrar a extraordinária relação de amizade e essa aproximação fraternal que envolveu Luís Amaro e Sebastião da Gama (Jornal de Azeitão: nº 265, 2018-10, pg. 15).
Inevitavelmente, na rubrica “Evocar Sebastião da Gama”, teria de lembrar a extraordinária relação de amizade e essa aproximação fraternal que envolveu Luís Amaro e Sebastião da Gama (Jornal de Azeitão: nº 265, 2018-10, pg. 15).
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