sexta-feira, 1 de julho de 2016

Bocage: Poemas à solta nas ruas de Setúbal






É um projeto para 30 poemas de Bocage andarem à solta pela cidade de Setúbal. Denomina-se "Bocage - 30 poemas na rua". Tem a participação do Teatro Estúdio Fontenova, da Câmara Municipal de Setúbal e de diversos artistas e actores, uns para darem cores aos poemas, outros para lhes emprestarem a voz.
No passado fim de semana, foram inaugurados os quatro primeiros recantos, preenchidos com oito poemas, colocados em sítios da cidade relacionados com um percurso do tempo de Bocage.
Até Setembro surgirão os restantes e, depois, será editado um roteiro. Até lá, fique-se com a localização dos que já se podem ler, ver e ouvir na rua:

1) Na Rua Luís de Camões, antiga Rua dos Açougues, no sítio da antiga livraria de Francisco Dias Raposo, com os poemas "Vós, ó Franças, Semedos, Quintanilhas" (interpretado por Elmano Sancho) e "Pilha aqui, pilha ali, vozeia autores" (dito por Jorge Silva) e a intervenção artística "Argumento falacioso", de Ricardo Guerreiro Campos.
 




2) Na Rua de Santa Catarina, junto ao antigo Postigo de Santa Catarina, onde era a saída para Palmela e para Lisboa, com os poemas "É pau, e rei dos paus, não marmeleiro" (interpretado por Carlos Rodrigues) e "Esse disforme e rígido porraz" (dito por Wagner Borges e Tiago Bôto) e a intervenção artística "Chuço", de Jaf.





3) Na Rua Augusto Cardoso, antiga Rua dos Sapateiros, onde ficava a antiga Porta Nova, ponto de saída para Lisboa, com os poemas "Tejo, que à minha voz abonançavas" (interpretado por Bruno Moraes) e "Quer ver uma perdiz chocar um rato" (dito por Maria Simões) e a intervenção artística "Anatomia para burro na partida de Bocage", de Prahlad Fernando Aranda.





4) No Largo Francisco Soveral, onde se localizava o antigo Estanqueiro do Tabaco, de Francisco Manuel (activo em 1762), com os poemas "Olhos suaves, que em suaves dias" (interpretado por Cátia Terrinca) e "Ó tranças de que Amor prisões me tece" (dito por Eduardo Dias) e a intervenção artística "Do lado de cá", de Ricardo Guerreiro Campos.














1 comentário:

rui farinho disse...

Esta é uma forma bem agradável e eficaz, de trazer Bocage a dar um passeio por Setúbal. A opção estética está bem concebida. Esta é uma forma de dar corpo à ideia já há muito arquitectada pelo poeta José-António Chocolate, que idealizou diversas maneiras de difundir Bocage pela população, oferecendo desse modo uma verdadeira prenda de (250) anos ao nosso Manuel Maria.