As conservas sadinas vão ser objecto de mais um livro a ser apresentado em 19 de Dezembro, em Setúbal, nos Paços do Concelho, pelas 16 horas. O título A indústria das conservas de peixe em Setúbal, devido a José Madureira Lopes e a Alberto Sousa Pereira, afigura-se como documento importante para a crónica setubalense, sobretudo porque a identidade desta terra passa obrigatoriamente pelo sector das conservas, que eram saboreadas além fronteiras.
É conhecida a história passada com Sebastião da Gama, que, na sua deslocação a Paris, em 1948, aproveitou o último dia para entrar numa livraria e adquirir obras de autores franceses que admirava. No final, não tinha francos em quantidade suficiente para o pagamento. Pediu à senhora da livraria para os trazer fiados, que lhe enviaria o dinheiro logo que chegasse a Portugal. No decorrer da conversa, a livreira percebeu a origem geográfica do poeta e pediu-lhe: "Já que é de Setúbal, quando lá chegar, faça-me o pagamento não em dinheiro, mas enviando-me o equivalente em conservas de Setúbal..." Sebastião da Gama lá trouxe os livros e, chegado a Portugal, cumpriu a dívida e correspondeu ao pedido.
Para a agenda, pois, esta revisitação ao universo conserveiro de Setúbal!
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