quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Bocage à vista (58) no seu mês - 3ª série

"O Cantinho do Bocage", em Chaves (colaboração de Quaresma Rosa)

Por uma "relação delicada e atenta" com os professores, segundo Luís Afonso

Luís Afonso. "Bartoon". Público: 03.Setembro.2009.

"Jornal Nacional" da TVI suspenso. Era de esperar, não era? Ou alguém pensava outra coisa?

«Polémica na TVI - Manuela Moura Guedes: "Temos pronta uma peça sobre o Freeport" - Manuela Moura Guedes confirmou hoje ao PÚBLICO a demissão da direcção de informação da TVI depois da suspensão do Jornal Nacional que apresentava e coordenava e que amanhã regressava depois de um período de férias. Moura Guedes revelou que tem pronta uma peça com notícias novas sobre o caso Freeport, feita por uma jornalista da sua equipa. “Temos pronta uma peça sobre o Freeport, com dados novos e, como sempre, documentados”, disse a jornalista, recusando-se a fazer mais comentários. A direcção de informação da TVI anunciou, por volta das 13 horas, a sua demissão em bloco devido à suspensão do Jornal Nacional de Sexta-feira, apresentado por Manuela Moura Guedes. A direcção mantém-se em funções até ser substituída pela direcção da empresa. Ao que o PÚBLICO apurou, a decisão da administração de suspender o Jornal Nacional veio de Espanha, sede da Prisa, proprietária da TVI, e foi comunicada à direcção de informação e fundamentada por razões económicas, em consequência de uma reestruturação em curso. (...)»

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Bocage à vista (57) no seu mês - 3ª série

Bocage, em gravura de Francisco Bartolozzi (1806), sobre pintura de Henrique José da Silva

Política caseira (69): CDU e a indignação perante a "cópia" e os comentários às contas


O Setubalense: 02.Setembro.2009

Política caseira (68): Jorge Santana (PSD) na Anunciada

O Setubalense: 02.Setembro.2009

Não acredito.

Li a notícia na edição on line do Público e... não acredito. O que vai José Sócrates fazer para "melhorar relação com professores se voltar a ser eleito" que não possa ter feito até aqui? É simpático falar assim em alturas de eleições, é.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

"C'est la guerre!..."

O Diário Económico de ontem publicou entrevista com Maria de Lurdes Rodrigues, Ministra da Educação, chamando para destaque na primeira página uma sua frase - "Paz com os professores vai sair muito cara ao país..."
Não li a entrevista. Espanta-me o mal-estar de Maria de Lurdes Rodrigues, sobretudo com os professores, e não me espanta menos que o jornal arranque para primeira página uma citação deste calibre. É uma citação infeliz, de resto, ainda para mais quando o ano escolar estava para começar (iniciou-se hoje). É uma saída infeliz porque demonstra o que foi o relacionamento com os professores produzido por esta equipa governativa, talvez mesmo o que foi o relacionamento com muitos sectores sociais - José Sócrates, na tomada de posse como Primeiro-Ministro, também abriu guerra com outros sectores, de resto... É pena que, em final de mandato e em início de ano escolar, Maria de Lurdes Rodrigues assuma as coisas desta forma.
Pela minha parte, que sou professor (e gosto de o ser), a minha paz não está à venda, em primeiro lugar. Em segundo lugar: sou a favor da avaliação de professores, mas não sou adepto de que um fim seja justificado por quaisquer meios. E, já agora, porque essa é a questão, seria bom que todos os partidos que se perfilam para a Assembleia da República dissessem, em concreto, o que pensam quanto à avaliação docente, sem se limitarem a dizer que este modelo não serve, porque a ideia que me tem saltado é a de que prometem suspender o que está, prometem novo modelo de avaliação, mas não dizem qual nem como funcionará...
Uma explicação quanto ao título deste postal: ao longo da 1ª Guerra Mundial, a expressão "c'est la guerre!..." era usada para justificar todas as ausências e todas as impossibilidades ocasionadas pela guerra; por arrastamento, passou a servir também para justificar aquilo que não tinha justificação imediata, mas que a guerra, que tinha costas largas, podia cobrir. Os portugueses que andaram pela Flandres ouviram, registaram e trouxeram. Obviamente, a guerra não devia justificar tudo. E a política também não...