sexta-feira, 31 de julho de 2009

Lições a partir dos Açores

“Dá que pensar como é que isso foi possível”, disse o Presidente da República hoje, a propósito da aprovação “por uma larga maioria quer no parlamento açoriano quer na Assembleia da República” do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, que teve algumas das suas normas agora declaradas inconstitucionais por um acórdão do Tribunal Constitucional.
Muitas coisas podem ser questionadas a propósito desta história, mas uma delas é evidente: não basta haver uma maioria favorável a uma lei para que essa lei seja verdadeira ou tenha força constitucional. A democracia vai-se aprendendo e torna-se cada vez mais óbvio que as maiorias absolutas não são benéficas em Portugal, isto é, o país não pode andar a reboque de leis fundamentais que só são impostas porque tiveram na sua aprovação a diferença de mais uns quantos votos devidos à maioria absoluta de um partido que não da diversidade parlamentar.
E ficou a lição: “Temos que respeitar as decisões do Tribunal Constitucional e os políticos que não respeitem acho que devem fazer uma reflexão séria para si próprios”, disse o Presidente da República.

Política caseira (42): Independentes para Azeitão (S.Lourenço)

O Setubalense: 31.Julho.2009

Política caseira (41): Bloco de Esquerda apresentou candidatos às Juntas de Freguesia

O Setubalense: 31.Julho.2009

Anne Frank na "Memória do Mundo"

A “Memória do Mundo”, registada pela UNESCO, vai passar a contar 193 documentos, depois de integrar a lista de 35 novos items agora divulgada. No conjunto proposto, integra-se o Diário, de Anne Frank, considerado “um dos dez livros mais lidos no mundo”.

Capa de edição portuguesa do Diário e monumento a Anne Frank (Amesterdão, junto da casa de Anne Frank)

A este propósito, registo o excerto de uma ficha de leitura sobre esta obra, elaborada pela Beatriz Crispim, aluna de 7º ano, há dois anos: «O que é mais valorizado neste livro é a amizade que ela tem pelo diário, que, no fundo, para ela não é um diário, é a sua melhor amiga. Ela escreve sempre, sem obter nenhuma resposta, mas pensa sempre que a amiga comunica com ela. Ela encontra na amiga o grande apoio para as horas mais difíceis, como esperava e como diz no início do livro: “Espero que te possa confiar tudo a ti; o que, até agora, nunca pude fazer a ninguém, e espero que venhas a ser um grande amparo para mim” (12 de Junho de 1942). (…) Gostei deste livro, porque é diferente, não é uma história inventada, mas sim uma história real, escrita por uma menina que não sabia que, um dia mais tarde, a sua história de vida viria a ser contada em todo o Mundo. Só a ler esta história ficamos conscientes do que é não poder ter liberdade e não poder crescer da mesma forma que as outras crianças, por causa da guerra e de alguém que decidiu perseguir outros só porque eram diferentes.»

Além do livro de Anne Frank, outros documentos que integram a lista agora apresentada são a “Magna Carta” («Often described as the foundation of English liberty, law and democracy, the Magna Carta’s influence endures worldwide. The critical importance of the charter lies in the fact that it imposed, for the first time, detailed written constraints on royal authority regarding taxation, feudal rights and justice. It also asserted the power of customary practice to limit unjust and arbitrary behaviour by the king and has become a symbol for freedom and democracy throughout the world.»), o poema medieval “Canção dos Nibelungos” («The Nibelungenlied, the Song of the Nibelungs, is probably the most famous heroic poem in Middle High German and can be compared to epics such as Gilgamesh, the Mahabharata, or the Heike Monogatari. It tells the story of dragon-slayer Siegfried from his childhood and marriage to Kriemhild to his murder and the subsequent story of Kriemhild's revenge, culminating in the extinction of the Burgundians or Nibelungs at the court of the Huns.») e os arquivos da Sociedade das Nações de 1919-1946 («The League of Nations was conceived in 1919 in the aftermath of World War I. Its archives bear testimony to the will to create the world’s first intergovernmental organization for peace and cooperation, which led to a fundamental change towards an “institutionalization” of international relations. These unique archives attest to the efforts of diplomats, officials and the first international civil servants to promote cooperation between nations and guarantee peace and security.»).

António Teodoro e o que o PS diz sobre educação no programa

Público: 31.Julho.2009

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Máximas em mínimas (49)

"I read because one life isn't enough!" é frase de Richard Peck, conforme documenta o painel fotografado, que isola as obras de aumento da Biblioteca de Harrogate, em Inglaterra. Bom elogio da leitura!...