"Luciano Pavarotti foi, sem dúvida, um dos maiores tenores e vozes do século, dotado de um timbre seguro, único, com uma emissão clara em todos os seus registos. De salientar o registo agudo, sendo considerado o Rei dos Agudos, especialmente dos famosos Dós de Peito – nome designado para cantar o DÓ, mas em voz segura e não em falsetto, como os tenores do séc. XVIII o faziam, pois a técnica vocal ainda não estava desenvolvida a esse ponto.
Tive o prazer de o ouvir ao vivo em Nova Iorque várias vezes, de que saliento uma audição da Tosca em 1999, no Metropolitan Opera House. Estava eu tão curioso por saber como seria ouvi-lo ao vivo… Como seria a sua voz? Seria pequena? Mais feia do que nos cds? (hoje, nos estúdios de gravação, fazem-se tantas alterações às vozes!...) Mas, quando entra a personagem Cavaradossi em palco e canta as primeiras palavras, eu não podia acreditar!!! A voz era cem vezes mais bela ao vivo!!! Era impossível sair aquele som prodigioso de uma garganta dita normal! Fiquei todo arrepiado! Lembro-me de que foi uma das noites gloriosas que tive na ópera ao longo da minha vida de cantor. A sua voz tinha uma projecção fantástica, uma cor única e um brilho natural e impressionante. E era Bellissima a voz!
Pavarotti, de facto, não se mexia muito em palco nem era um grande actor, mas, com a sua voz, transmitia tudo – paixão, raiva, ciúme, alegria, nostalgia. Todos estes sentimentos, associados a uma técnica prodigiosa e a uma voz única, fizeram dele uma voz Gloriosa.
O seu timbre de voz era único. Para além de ter uma dicção clara, era daqueles cantores que, assim que ouvíamos duas notas, sabíamos imediatamente de quem se tratava – era Pavarotti que estava a cantar.
De facto, quando ouvimos a famosa canção “O sole mio”, só nos podemos lembrar de Pavarotti, pois na sua voz podemos visualizar um sol cheio e brilhante e cheio de força.
Bem haja, Maestro Pavarotti!"
Tive o prazer de o ouvir ao vivo em Nova Iorque várias vezes, de que saliento uma audição da Tosca em 1999, no Metropolitan Opera House. Estava eu tão curioso por saber como seria ouvi-lo ao vivo… Como seria a sua voz? Seria pequena? Mais feia do que nos cds? (hoje, nos estúdios de gravação, fazem-se tantas alterações às vozes!...) Mas, quando entra a personagem Cavaradossi em palco e canta as primeiras palavras, eu não podia acreditar!!! A voz era cem vezes mais bela ao vivo!!! Era impossível sair aquele som prodigioso de uma garganta dita normal! Fiquei todo arrepiado! Lembro-me de que foi uma das noites gloriosas que tive na ópera ao longo da minha vida de cantor. A sua voz tinha uma projecção fantástica, uma cor única e um brilho natural e impressionante. E era Bellissima a voz!
Pavarotti, de facto, não se mexia muito em palco nem era um grande actor, mas, com a sua voz, transmitia tudo – paixão, raiva, ciúme, alegria, nostalgia. Todos estes sentimentos, associados a uma técnica prodigiosa e a uma voz única, fizeram dele uma voz Gloriosa.
O seu timbre de voz era único. Para além de ter uma dicção clara, era daqueles cantores que, assim que ouvíamos duas notas, sabíamos imediatamente de quem se tratava – era Pavarotti que estava a cantar.
De facto, quando ouvimos a famosa canção “O sole mio”, só nos podemos lembrar de Pavarotti, pois na sua voz podemos visualizar um sol cheio e brilhante e cheio de força.
Bem haja, Maestro Pavarotti!"
Marcos Santos (tenor setubalense, 33 anos)
Pavarotti no desempenho de Cavaradossi (em Tosca, de Puccini), contracenando com Raina Kabaivanska [foto de www.abmusica.com]
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