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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

XIV edição do Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama em marcha


A XIV edição do Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama, promovida pelas duas Juntas de Freguesia de Azeitão (S. Lourenço e S. Simão), está em curso e o respectivo regulamento pode ser lido aqui.

O Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama foi certame criado em 1988, em Azeitão, pelas Juntas de Freguesia de S. Lourenço e de S. Simão, e teve realização anual até 1993 (6ª edição). A partir daí, passou a ser um concurso bienal até à sua 10ª edição, tendo, depois sofrido interrupção. O certame foi retomado em 2007 (11ª edição) e teve a mais recente edição em 2011.
O primeiro trabalho vencedor deste Prémio, em 1988, foi a obra Água das Pedras, assinado pelo pseudónimo Maria Helena Salgado, correspondendo à autora Maria do Rosário Pedreira, escritora e editora reconhecida. Este trabalho mereceu publicação no ano seguinte (Setúbal: Folha d’Hera). Nesta primeira edição do Prémio, houve 131 trabalhos a concurso e, simultaneamente, foi lançado o concurso de “Jogos Florais Juvenis O Segredo é Amar”, que, devido à escassa participação, não teve prémio atribuído. Pelo júri de 1988 passaram Arlindo Mota, Joana Luísa da Gama e José Jorge Letria.
Outros vencedores das várias edições deste Prémio foram Hugo Santos (1989 e 1991), Maria Graciete Besse (1992), Graça Pires (1993), João Carlos Lopes Pereira (1995), Alberto Marques (1997), Firmino Mendes (1999), António Menano (2001), Amadeu Baptista (2007), José Carlos Barros (1990 e 2009) e Paulo Assim (2011). Além do primeiro vencedor, outros trabalhos que obtiveram o primeiro lugar nas várias edições deste Prémio tiveram publicação: Uma Abstracção Inútil, de José Carlos Barros (Évora: Declives, 1991); O Aprendiz de Ventos, de Hugo Santos (Lisboa: Vega /Ulmeiro, 1992); Errâncias, de Maria Graciete Besse (Lisboa: 1992); Labirintos, de Graça Pires (Murça: Câmara Municipal de Murça, 1997); O Bosque Cintilante, de Amadeu Baptista (Azeitão: Juntas de Freguesia de S. Lourenço e de S. Simão, 2007); Retrato a sépia, de Paulo Assim (Azeitão: Associação Cultural Sebastião da Gama, 2011). Pelo júri deste Prémio passaram, além dos nomes já referidos, também Ana Mafalda Leite, Luís Rosa, Ernesto Rodrigues, Luís Fagundes Duarte, Fernando Campos, Maria Helena Reis Horta, Viriato Soromenho-Marques, José Correia Tavares, Vergílio Alberto Vieira, José do Carmo Francisco, José-António Chocolate, João Reis Ribeiro e Ruy Ventura, entre outros.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

A APPACDM de Setúbal entre a poesia, o teatro e a dança


Já lá vão 17 edições do concurso de poesia que a APPACDM de Setúbal organiza anualmente, desde há sete anos coincidindo também com a modalidade destinada à comunidade escolar. Assim, há quase duas décadas que o início de Novembro vê acontecer em Setúbal a respectiva entrega de prémios numa sessão que costuma envolver muitas pessoas e não menos emoção.
No próximo fim de semana, tal evento terá lugar no salão nobre da Câmara Municipal de Setúbal (dia 10, pelas 15h00), a que estará associada também a apresentação da obra antológica O teu sorriso… um poema, que reúne os textos vencedores em ambas as modalidades nos três últimos anos do certame.
Entretanto, a lista dos premiados da edição deste ano foi já divulgada, ainda que sem a indicação das classificações. Assim, entre prémios e menções honrosas, os textos galardoados no XVII Concurso de Poesia (a que se apresentaram 89 candidatos) foram: “Encolho-me nos teus braços esculpidos no vento” (Maria da Conceição Bernardino, do Porto), “Nos rebentos do tempo” e “Canção de Mimar” (Ana Coelho Antunes, do Carregado), “Estilhaços” (Regina dos Anjos Sousa Gouveia, do Porto), “Dança Encantada” (Vânia Isabel Veríssimo, de Setúbal), “Síndrome” (João Vítor Silva, de Mafra), “Moldura” (Manuela Ferreira, de Ponte de Lima) e “As minhas mãos” (Teresa de Jesus Ferreira Teixeira, de Vila Nova de Gaia). Na modalidade da “comunidade escolar”, a VII edição (que teve 44 textos apreciados) distinguiu os seguintes títulos: “O meu amor por ti” (Tiago Luís Roque Severino), “O Que Há Dentro De Mim” (Rui Alberto Santos Caleira, da APPACDM de Setúbal), “És Para Mim Poesia” (Flávio Henrique dos Santos Costa, da APPACDM de Setúbal), “Ser diferente...e igual” (Adélia Maria Mendes, da APPACDM de Soure), “Tão diferente...mas tão igual a mim” (António José Bento de Carvalho, da APPACDM de Soure), “A poesia que há em ti” (Catarina Alexandra Oliveira Cordeiro, da APPACDM de Soure), “A Poesia que há em ti é a mesma que há em mim” (Ana Sofia da Conceição Alves Teixeira, da Escola Secundária de Palmela) e “É apenas paixão” (José Eduardo Nascimento Semedo, da CECD Mira Sintra).
A cerimónia da entrega dos prémios está incluída no programa do Festival EspressArte / XIII Encontro de Teatro e Dança, iniciativa que decorrerá entre 9 de Novembro e 16 de Dezembro em Setúbal, Palmela e Moita e que tem a participação da APPACDM de Setúbal nos seguintes eventos: a) em Setúbal – “Gypsie Company” (9 de Novembro, 21h00, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal), “Tarde de Folclore” (17 de Novembro, 15h00, no Grupo Desportivo “O Independente”), “Manhã a Dançar” (28 de Novembro, 11h00, no Auditório da Liga dos Amigos da Terceira Idade), “Todos a Dançar” (7 de Dezembro, 14h00, no Auditório Municipal Charlot); b) em Palmela – “Sou Igual a Ti” (5 de Dezembro, 14h30, no Auditório Municipal do Poceirão), “Grupo Momentos de Talento” e “No Outro Lado do Espelho” (6 de Dezembro, 11h00 e 14h30, no Cine-Teatro S. João); c) na Moita – “O Quarto dos Brinquedos” (22 de Novembro, 14h00, na Biblioteca Municipal da Moita).

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sebastião da Gama: poemas para os amigos

Muitos dos poemas que Sebastião da Gama escreveu tiveram dedicatórias para amigos, sobretudo nos manuscritos – são cerca de quatro dezenas os poemas publicados nos três livros por si editados (Serra Mãe, 1945; Cabo da boa esperança, 1947; Campo aberto, 1951) que, não tendo dedicatória nos livros, foram dedicados em manuscrito. A prática era normal em Sebastião da Gama, que gostava de se apresentar como poeta: partilhar poemas com os amigos, não só a dádiva por ouvirem o texto acabado de surgir, mas também a entrega do documento escrito, de que o poeta fazia várias cópias para ofertar.
Há, no entanto, cerca de trinta poemas que tiveram destinatário especificado, motivados que foram por essa prática do livro de curso a encerrar o tempo universitário de uma licenciatura. Sebastião da Gama escreveu para vários amigos e em várias dessas publicações. Cerca de três dezenas é o número de poemas nessas circunstâncias que conseguimos apurar até agora. Dessa produção quase não ficou registo e existem escassos manuscritos desses mesmos testemunhos de afecto. >>> Continuar a leitura >>>

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Aprender contigo... na APPACDM (4)

Ser diferente é relativo

Falarei de um menino deficiente
De igual maneira que falarei de alguém
Cujo coração bate vivamente,
Como o da criança que encontrei…

A sua mão formatada apelava por ajuda.
Os seus traços expressivos, indecifráveis…
E o seu estrabismo bem notável…
Fizeram-me hesitar! Recuei!

Meu Deus! Como foi possível agir assim?!

Não, voltei a pensar:
Estendi a mão, abri os braços…
Respirei fundo e…
Como soube bem aquele abraço!
O efeito que o seu sorriso em mim provocou
Fez de si uma pessoa diferente!
Esta sim, era a verdadeira razão para ser diferente!

Foi contigo que aprendi.

Estas crianças são diferentes,
Não pelo problema mental,
Mas pela coragem especial

De enfrentar insensível gente
Que humilha, despreza, goza
E fere a ferida mais difícil de sarar…
Gente que não faz isto é rara
E emocionalmente valiosa.

Para sempre no coração
Fica o incómodo arranhão
Feito por estas mentes
Que rasgam almas bruscamente
E que extinguem a auto-estima já pouco existente.

Mão-de-obra?
O rude ser humano mau e ignorante!

Tudo isto que aqui escrevi,
Foi de facto o que senti!
Tudo isto que aqui escrevi,
Foi contigo que aprendi!

Sinto-me na obrigação
De obedecer ao meu coração
E dizer-te: Obrigada!
Inês Figueiredo
Este poema obteve o 1º lugar na modalidade escolar no Concurso de Poesia promovido pela APPACDM de Setúbal deste ano. A autora é aluna na Escola Secundária de Palmela, na turma 8ºC. [foto: a partir de www.fiocruz.br]

Aprender contigo... na APPACDM (3)

Aprender Contigo

No calor da tua voz,
eu sinto o teu sorriso,
mas sei que no meu mundo
das flores primaveris
a abrir,
onde o brilho do teu olhar
é como o Sol,
aprender contigo
é uma luz
para me encontrar
com o teu carinho.
Segue o pulsar do teu coração
e nunca estarás sozinho.
Vais sentir
que ouves
o chilrear dos pássaros,
o canto das fontes,
os campos verdejantes
a serem varridos pelo vento.
E, no mais inebriante
dos sonos,
na maior pureza
das palavras,
eu vou aprender contigo.

Filomena Caixas Peixeiro
Este poema obteve o 2º lugar na modalidade escolar no Concurso de Poesia promovido pela APPACDM de Setúbal deste ano. A autora é aluna na Escola Secundária de Palmela, na turma 8ºB. [foto: a partir de www.fiocruz.br]

Aprender contigo... na APPACDM (2)

FANA

Vou tentando perceber,
Que mensagem queres passar
Todo o dia em meu redor
Todo o dia a pedinchar...


Fana, Fana!
Tu tás boa?
Fana , Fana!
Como tás?
Dá-me um bolo!
Fana, Fana
Ou então, o que me dás?

Vai-te embora, Vera Lúcia,
Que eu preciso trabalhar!
Não te dou bolo nenhum,
Ficas gorda,
Faz-te mal!

Mas de novo, lá vem ela...
Toda muito redondinha,
Ar brejeiro e olhar doce
Com seu jeito de menina
Que vontade de apertar
A bochecha coradinha.

Fana, Fana!
Não te zangues,
Fico triste, vou chorar!
Não te zangues, Fana, Fana!
Que eu só te quero abraçar!

E ao sentir tanta ternura
Já consigo perceber
A razão porque tu estás
Presente na minha vida.

Foi para me ensinares,
Ou foi para eu aprender
Que uma amizade “diferente”
Tem raízes tão profundas
Que unem a Fana à Vera
Como se fosse só uma!

Maria Fernanda Esteves

Como prometido em postal de sábado, publico o poema que ficou em primeiro lugar no concurso de poesia promovido pela APPACDM de Setúbal, sujeito ao tema "Aprender contigo". Para próximos postais, ficarão outros poemas... [foto: a partir de www.fiocruz.br]