sábado, 15 de setembro de 2018

Bocage, poeta, português, setubalense, 253 anos



Uma inscrição num canto de Setúbal traz-nos Bocage e uma universal verdade sobre que poetou - esta consta num soneto: "De quantas cores se matiza o Fado! / Nem sempre o homem ri, nem sempre chora, / Mal com bem, bem com mal é temperado."
Parabéns, Bocage!

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Sebastião da Gama, a Arrábida e a criação da Liga para a Protecção da Natureza (LPN)


Sebastião da Gama tinha 23 anos quando tomou uma atitude de defesa do património da serra da Arrábida, tentando conquistar parceiros para a causa. A protecção desse património natural não foi imediata, mas a LPN (Liga para a Protecção da Natureza), criada um ano depois, foi a primeira consequência do "grito" deste jovem em defesa da "sua" serra.  Vale relembrar aspectos da história; por isso, aqui reproduzo texto que foi publicado no mensário Jornal de Azeitão, em Setembro (n.º 264, 2018-09, pg. 15).
A acompanhar o texto, uma fotografia de Sebastião da Gama na praia de Galapos, em 1940.criar site


quarta-feira, 5 de setembro de 2018

José Tolentino Mendonça e a biblioteca


D. José Tolentino Mendonça, arcebispo e poeta, no dia em que assumiu o cargo de responsável pela Biblioteca do Vaticano, em entrevista a António Marujo (no Público, de 1 de Setembro), deu uma definição extraordinária de biblioteca - por um lado, pela simplicidade, e, por outro, pela linguagem metafórica. Prova de sabedoria, de facto. A reter, porque para pensar.

“Digo muitas vezes que a minha primeira biblioteca foi a minha avó materna. A minha avó não sabia ler e a única palavra que, com imensa dificuldade, conseguia escrever era o seu próprio nome. Nada mais do que isso. Mas tinha dentro da cabeça um inteiro reportório do cancioneiro oral com os seus contos, os romances tradicionais, as múltiplas formas da lírica popular, que não se cansava de transmitir. Com a minha avó analfabeta aprendi aquilo que depois os meus anos de estudo só confirmaram: que a palavra escrita é inseparável da voz humana. Que todos os textos do mundo têm dentro de si os vestígios de uma voz. Que a literatura outra coisa não é do que uma fantástica concha acústica, onde podemos reencontrar a interminável conversa que os seres humanos mantêm. Que o silêncio das bibliotecas outra coisa, na verdade, não é do que um impressionante coral com milhões de vozes que atravessam os tempos, cuja audição nos avizinha do inesgotável e fascinante mistério da vida...”

sábado, 1 de setembro de 2018

Prémio literário Bocage já tem vencedor: "A Casa do Ser", de António Canteiro



António Canteiro é o vencedor da XX edição do Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage, promovido pela LASA (Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão) com o trabalho A Casa do Ser, na modalidade de poesia, cujo prémio será entregue na tarde de 15 de Setembro, feriado municipal em Setúbal e dia de Bocage.
António Canteiro, pseudónimo de João Carlos Costa da Cruz, é natural de Cantanhede. Detentor de vários galardões literários, mereceu em 2013 o primeiro lugar no Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama com a obra O Silêncio Solar das Manhãse, em 2015, o primeiro lugar no XVII Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage com a obra Na Luz das Janelas Pestanejam as Sombras.
O júri decidiu não atribuir prémio na modalidade de “Revelação”.