No Verão de 1984, numa viagem no interior do Minho, depois de visitar Lindoso, a hora de almoço levou-nos a parar num pequeno restaurante familiar em Parada - que se chamava, se não me engano, "Mó". Não falarei do repasto, mas lembro a habilidade de um senhor Avelino Vaz, então reformado, que passava parte do seu tempo a transformar legumes e vegetais em flores. Ali mesmo, perante os estranhos, o artista, em menos de cinco minutos, fez nascer de uma cenoura uma rosa aberta e desabrochada, apenas com o auxílio de uma faca e do seu muito saber - contou depois que já nos finais da década de 40 ganhara um prémio numa Exposição de Artes Decorativas. O gesto do senhor Avelino pareceu-me o negativo do italiano Arcimboldo (1527-1593), que usava os frutos e os vegetais para compor as alegorias dos seus quadros...
Esta admiração pelo trabalho e criatividade do senhor Avelino reapareceram-me ontem, ao ver a mesa das frutas numa festa familiar. O que pode um artista fazer com melancias, melões, meloas, laranjas, uvas, ananases e kiwis! Desta vez, o nome do criador é António Sousa. Resolvi trazer para aqui alguns dos centros que ele compôs e com que nos brindou na tarde de ontem...
Esta admiração pelo trabalho e criatividade do senhor Avelino reapareceram-me ontem, ao ver a mesa das frutas numa festa familiar. O que pode um artista fazer com melancias, melões, meloas, laranjas, uvas, ananases e kiwis! Desta vez, o nome do criador é António Sousa. Resolvi trazer para aqui alguns dos centros que ele compôs e com que nos brindou na tarde de ontem...
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