Mostrar mensagens com a etiqueta poema. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta poema. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Setembro, mês de Bocage (8)



"Ao meu falecido irmão Manuel Maria Barbosa du Bocage", de José Carlos Ary dos Santos
(Poema publicado na obra VIII Sonetos, em 1984 - reproduzido na Obra Poética - Lisboa: Edições Avante, 1994)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A propósito do Dia do Armistício: Nos campos da Flandres...


Aqui se reproduz o poema "In Flanders fields", do canadiano John McCrae (1872-1918), inicialmente intitulado "We shall not sleep", em memória de todos os que caíram na Primeira Grande Guerra:


In Flanders Fields


In Flanders fields the poppies blow
Between the crosses, row on row,
That mark our place; and in the sky
The larks, still bravely singing, fly
Scarce heard amid the guns below.

We are the Dead. Short days ago
We lived, felt dawn, saw sunset glow,
Loved and were loved, and now we lie,
In Flanders fields.

Take up our quarrel with the foe:
To you from failing hands we throw
The torch; be yours to hold it high.
If ye break faith with us who die
We shall not sleep, though poppies grow
In Flanders fields.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O poeta, segundo A. M. Pires Cabral


Foi para isso que os poetas foram feitos

semear tempestades
e assegurar que cresçam
foi para isso que os poetas foram feitos

esgrimir com a mais idónea
das espadas: a coragem
foi para isso que os poetas foram feitos

namorar a perfeição
e às vezes alcançá-la
foi para isso que os poetas foram feitos

A. M. Pires Cabral. A vista desarmada, o tempo largo (Lisboa: Quetzal)
[reproduzido em Resumo - A poesia em 2012 (Lisboa: Documenta / FNAC, 2013)]

domingo, 23 de dezembro de 2012

Feliz Natal (com um poema)


Natal doutros tempos

Eu sou do tempo em que se cantava ao Menino.
Em que não havia Pai Natal
e o Menino descia p’la chaminé
à meia noite em ponto.
Onde o sapatinho nos saía do pé
e a um canto se acomodava, pronto
a receber a prenda habitual.
Bombons em prata colorida
tal qual nossos olhos como estrelas brilhando
na negrura da noite, esperançando a vida.

Sou do tempo em que se prendava
filhós e azevias e rosetas
polvilhadas de açúcar e canela.
Em que se rufava a ronca
entoando louvores ao excelso e ao infinito céu.
Onde a família galhofava reinadia,
à lareira por dentro a noite fria.

Sou do tempo em que a nossa aldeia
tinha a dimensão do mundo
e o mundo se fazia de todos nós.
Em que o presépio se construía
com musgo catado pelas nossas mãos
e uma searinha feita em caco de barro
se oferecia a Jesus.

Desse tempo em que gente devota
na Missa do Galo cantava, louvando
o Menino que nasceu, símbolo do ano inteiro.

Do tempo em que só um dia era Natal.
Setúbal, Natal de 2012
José-António Chocolate


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Antero de Quental, 170 anos, hoje

Antero de Quental, em banco, no jardim, na Praça das Amoreiras, em Lisboa