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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Para a agenda - Rosa Nunes, um "Convite para Jantar"



Exposição de Rosa Nunes, artista setubalense, numa tripla de fotografia, instalação e video, na Casa d'Avenida, com inauguração em 12 de Novembro, pelas 16h00, um "Convite para Jantar". Para a agenda!

sábado, 19 de setembro de 2015

Para a agenda: Jornadas Europeias do Património em Setúbal com o MAEDS



O Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS) participa nas Jornadas Europeias do Património 2015 com três iniciativas, entre 25 e 27 de Setembro - exposição de fotografia de Rosa Nunes, conferência de Francisco Gomes e visitas guiadas à estação romana do Creiro (Arrábida), com Carlos Tavares da Silva, e ao castro de Chibanes (Palmela), com Carlos Tavares da Silva e Joaquina Soares. Para a agenda.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Para a agenda: Dia Internacional dos Museus no MAEDS



O Dia Internacional dos Museus no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, com inauguração de duas exposições de fotografia: "Entre marés", fotografia da natureza por José A. Costa; "Terra verde", fotografia de Rosa Nunes. Para a agenda.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

"Arte para uma cultura de segurança", em Setúbal

“Arte para uma cultura de segurança” – Assim se chama a exposição que, desde terça-feira, está patente no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS), em Setúbal, organizada pelo próprio Museu e pelo Governo Civil de Setúbal.
Nas palavras de Eurídice Pereira, Governadora Civil, que abrem o catálogo da exposição, pretende-se que sejam alteradas “práticas menos consonantes com as exigências da salutar convivência colectiva e alertar a população para temáticas que exigem a mobilização de esforços colectivos, como é o caso da sinistralidade rodoviária e do combate e prevenção dos fogos florestais.” E uma e outra situações são sentidas, de forma contundente, na nossa região: só em 2008, nas estradas do distrito, morreram 77 pessoas; por outro lado, se pusermos os olhos da memória sobre o que foi o incêndio na Arrábida em 2005, talvez fiquemos com o ar de preocupação acentuado, tanto mais que, ao que parece, cerca de 80% dos incêndios que nos amedrontam têm origem humana não criminosa… Números para pensarmos, claro!
A exposição passa por quatro núcleos: “Imagens para um álbum do desassossego”, uma foto-reportagem assinada por António Marques sobre o incêndio na Arrábida, com momentos fortes de destruição e de restauro da Natureza, de paisagem soturna e de paisagem vivida; “Arrábida: a vida secreta da serra”, com fotografia de José Costa, na variedade macro, captando insectos que fazem a vida da Arrábida e nos surpreendem vindos dessa labuta silenciosa, minimizada, mas constante e perturbadora; “Escalas”, em fotografias de Rosa Nunes, em que o corpo feminino e o relevo da serra se medem, num roteiro que começa com a música do silêncio e acaba com o restolho que alberga hipóteses de vida, depois de o olhar passar também pelos estados de agressão à serra; “Morte ou vida na estrada: a escolha é sua”, com pintura de Ana Isa Férias, Luís Valente e Rita Melo, três manifestações que outro grito podem ser contra a morte facilitada e em favor da vida preservada.
Diga-se ainda que esta exposição, que vai estar até Setembro, surge também na sequência de parcerias e do compromisso estabelecido aquando da assinatura, em 2008, da Carta de Europeia de Segurança Rodoviária. Ao visitante é oferecida também a possibilidade de se comprometer com a cidadania rodoviária ao assinar um documento em que assume contribuir para a segurança e entender esse projecto como “desafio comum”.
Como as mensagens são fortes nesta exposição, por onde passa ainda a palavra, junto o texto de Fernando Gandra, intenso na sua verdade:

[reproduções a partir do catálogo da exposição: duas fotografias de António Marques; "E agora...", de Luís Valente (2009); "Promessa" (excerto), de Rosa Nunes (2009)]

domingo, 23 de setembro de 2007

Rosa Nunes: o que o pernilongo deixa ver

O pernilongo. Poisa sobre as águas do estuário e, em movimentos de geometria fina numa dança de requinte, procura o alimento e parte. Depois, é vê-lo no ar, qual fernão capelo gaivota, afagando o vento, em genial acrobacia. O caminhar sobre as águas e o voo livre do pernilongo constituem as duas sequências fotográficas (de 16 e 10 momentos, respectivamente) que iniciam a exposição intitulada “Águas do silêncio”, de Rosa Nunes, inaugurada ontem e ao dispor do visitante até 24 de Novembro, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (Av. Luísa Todi, Setúbal).
Depois da abertura de portas pelo pernilongo, a convidar-nos para um estuário onde a Natureza sugere arte, há mais dúzia e meia de fotografias que reflectem o passado e o presente do estuário do Sado, ora através das águas na sua função (também) especular, ora através da paisagem. E passam os olhos pelos sapais, pelo sal, pela pesca, pela avifauna local, pelas lamas e lodos, pelas marés, pelo património ambiental, pelo património construído, por pontos como Gâmbia, Carrasqueira, Barroca d’Alva, Faralhão e… pela indústria pesada, que se instalou no estuário (quando podia ser perto, mas fora dele) e que tem contribuído para a alteração das suas condições para pior.
Momentos de pausa ao lado de águas e paisagens inócuas que foram violentadas na sua essência e no seu ser, “águas de silêncio” que albergam segredos (de histórias) de vida, imagens com a calma das horas mortas que deixam que o espectador se desvaneça com as visões (que podiam ser) do paraíso, mas também fazendo com que se interrogue, fica destas fotografias a sensação de olhares sobre a beleza, mas também sobre a preocupação com a vida, com o mundo que (re)construímos ou que destruímos. Trata-se, assim, de uma exposição que acalenta a intenção estética, mas também abraça uma leitura pedagógica do ambiente e do meio, concretamente da área estuarina do Sado. À saída da exposição, o visitante cruza-se novamente com o pernilongo, dono de um andar e de um voo que permite um olhar ecológico sobre o (seu) mundo e que para isso nos lança o convite.
Antónia Coelho Soares, autora do nome Rosa Nunes com que assina a sua fotografia, é natural do Torrão (n. 1955), vive em Setúbal e trabalha na área da arqueologia. [fotos a partir do catálogo]