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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Máximas em mínimas - Luísa Beltrão



Depois de ler Moscas nos olhos – Filippa na Grande Guerra, de Luísa Beltrão (Lisboa: Glaciar, 2014), na colecção “100 anos da Grande Guerra” (nº 2), que está a ser publicada semanalmente pela revista Sábado:
Esperança – “A esperança é o único penhor humano na consciência trágica da nossa imperfeição, é a esperança que nos salva do desespero.” (pg. 75)
Guerra – "A violência da guerra é impossível descrevê-la.” (pg. 36)
Guerra – “Na guerra, tudo se dilui na luta básica pela sobrevivência, mas quando ela acaba, as guerras internas tomam de novo conta de nós, ambíguas, enredadas.” (pg. 91)
Loucura – “Não é fácil manter o estatuto de louco mesmo num mundo enlouquecido.” (pg. 46)
Solidão – “Somos seres isolados, perdidos no espaço, não somos deuses do Olimpo, e até os deuses do Olimpo brigam, embora possam reinventar-se porque são imortais.” (pg. 75)

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

D. Manuel Martins, os governantes e a mensagem de Natal



D. Manuel Martins no tipo de discurso a que sempre nos habituou, directo, incisivo, contundente. Sempre admirei a frontalidade de D. Manuel e a sua voz, que se tem erguido nos momentos mais críticos, é a da razão. Podemos acrescentar às suas palavras que, antes das eleições, os potenciais candidatos a primeiro ministro deveriam ser obrigados a dizer com quem se coligariam, em que circunstâncias e que pessoas chamariam para formar governo.
É pedir muito, eu sei. Mas, depois do que temos visto e do oportunismo que tem rodeado muitas caras que passam pelos governos, seria o mínimo sinal de respeito pelos eleitores. Penso que, a saber-se isso, muitas das pessoas que têm passado pelos governos fariam alterar os resultados eleitorais e, por outro lado, haveria mais cuidado na formação das equipas de governantes. Serão todos muito boas pessoas, mas os sinais de incompetência, de impreparação e de pouca consideração pelos governados têm sido constantes. No tempo pré-eleições somos todos uns tipos porreiros e cumprimentados em demasia; depois, viramos uns cábulas, que não trabalhamos, responsabilizados pelo caos a que se chegou, mal habituados…
Na televisão, ao darem a notícia destas considerações de D. Manuel Martins, disseram que ele não deixou mensagem de Natal porque seria falta de cortesia estar a apontar caminhos de esperança no contexto em que se está… Uma pessoa ouve isto com um sorriso de compreensão e de concordância. Haverá mesmo esperança quando se deseja um 2013 “dentro do possível” ou que o novo ano “vá correndo”? Por isso, dispensam-se as mensagens governativas de Natal. Depois de tudo quanto foi dito pelos governantes sobre os portugueses e dos “ralhetes” sucessivamente cheios de sugestões, já se percebeu onde fica a esperança!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Maria Barroso: "Cartas a Mário Soares" e uma biografia



Aos 87 anos, Maria Barroso resolveu partilhar a narrativa da sua vida com os leitores através da publicação das suas memórias e da correspondência mantida com o marido, Mário Soares, entre 1961 e 1974, num projecto co-editado pelo semanário Sol e pela Fundação Pro-Dignitate. É um conjunto de 18 volumes, publicados a ritmo semanal, em que a epistolografia ocupará 8 deles (Cartas a Mário Soares 1961-1974) e a biografia os restantes (Álbum de memórias). O trabalho foi coordenado pelo jornalista Vladimiro Nunes, que anotou as cartas e redigiu os volumes de cunho biográfico. Até ao momento, foram publicados cinco volumes deste projecto [o próximo sai amanhã, com o jornal Sol], sendo quatro deles da correspondência.
O primeiro volume da biografia ocupa-se sobretudo da história da ascendência de Maria Barroso, incidindo bastante sobre a actividade do pai, militar e republicano, alvo de perseguições e de prisões graças aos compromissos assumidos. O final do volume encontra Maria Barroso na sua infância em Setúbal, aos dezasseis meses (em Setembro de 1927).
Preocupação de Vladimiro Nunes é de contextualizar a narrativa no Portugal da época, com referências adequadas à vida política, cultural e social do país, com indicações cronológicas sobre acontecimentos e sobre outras personalidades que viriam a ser referências para o século XX português e que viriam a cruzar-se também com o percurso de Maria Barroso e de Mário Soares em muitos casos. Para a elaboração deste trajecto biográfico, Vladimiro Nunes teve como fontes a própria Maria Barroso, um vasto leque de amigos e de familiares da biografada e o arquivo de família, assim se justificando o título, que alia a capacidade da memória e a característica antológica dos eventos, das histórias e das personagens que fazem uma vida.
Quanto aos quatro volumes de correspondência já publicados, o leitor entra nos tempos de ausência de Mário Soares relativamente à família, fosse por estadias longas no estrangeiro, fosse pelos tempos de cárcere ou de desterro. As cartas de Maria Barroso para o marido são um ritual diário nesses tempos de ausência, muito próximas da escrita diarística, relatando o acontecido naquele dia, com considerações a propósito, por onde passam os registos da vida do Colégio Moderno (sobre os professores, sobre a gestão e organização, sobre as inscrições, sobre as obras, sobre as colónias de férias), o acompanhamento dos filhos João e Isabel (nos estudos, nas relações sociais, na educação), o cuidado prestado a familiares (sobretudo ao sogro, João Soares, na vigilância da sua saúde, no acompanhamento, na gestão das relações familiares), a gestão do património familiar (acompanhamento das obras na casa de Nafarros, da actividade no escritório de advocacia de Mário Soares e manutenção da casa de Cortes), as relações sociais (manutenção das amizades e presenças em eventos, muitas vezes em representação do casal ou do marido), a preocupação em minimizar os efeitos do afastamento (fazendo chegar à prisão livros, refeições por si confeccionadas, marcando presença nos escassos tempos de visita), as emoções (provas de afecto, considerações sobre a vida do casal, incentivo contra a solidão e a humilhação do estatuto de preso), a vida cultural em que estava envolvida (leituras, filmagens, sessões de poesia e de teatro).
Percebe o leitor que a intenção de Maria Barroso era a de tornar o mundo familiar presente a Mário Soares, assim impedindo que as interrupções da vida em comum equivalessem a descontinuidades e possibilitando que os projectos em que estavam envolvidos pudessem continuar a ser gizados a dois.
As cartas de Maria Barroso assumem também essa perspectiva de luta contra a solidão, passeando pelos relatos do quotidiano, mas demonstrando ainda as angústias e as dúvidas de quem não quer vacilar, de quem quer ser presente e vencer a distância, muitas vezes confessando o exercício de aprendizagem que aqueles afastamentos lhe proporcionam à medida que cresce a admiração pela forma como o marido enfrenta a adversidade da perseguição política.
No fundo, estas cartas são o retrato, a fixação do tempo comum possível naquelas circunstâncias, uma prova de cumplicidade efectiva na forma de fazer a vida com sentido, sempre com horizontes de esperança, muitas vezes matizados com as cores das plantas do jardim ou com os tons do dia, a evocarem momentos passados ou recortados por alusões a versos e à memória. São cartas que apaziguam quem as escreve e que pretendem idêntico efeito no destinatário, que se alicerçam na partilha e na comunhão para que o sofrimento das lonjuras seja, pelo menos, esbatido. Um belo documento humano e cultural, um bom testemunho de sinceridade e do que pode ser a vida de pessoas que caminham na mesma direcção!

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Homem (e mulher) – “Chego a pensar se de facto os homens merecem tanta ternura, tanta dedicação como aquela que algumas mulheres sabem dar. Afinal de nada serve a amizade, a dedicação, a profunda ternura de anos e anos lado a lado. A mulher chega a certa altura e está velha, gasta e já não serve – há que substituí-la por outra mais jovem, mais válida. Esta confusão, esta inversão de valores ou nos conduzem a uma atitude cínica e egoísta ou nos levam ao desespero. Sinto-me verdadeiramente atordoada com tudo isto!” [Cartas a Mário Soares 1961-1974 (vol. 2) – a propósito do divórcio previsto de um casal amigo, em carta de 19-08-1966]
Esperança – “A esperança é a mais linda flor que eu conheço mas a terra dela é o coração dos homens.” [Cartas a Mário Soares 1961-1974 (vol. 3) – em carta de 29-02-1968]
Olhar em frente – “O voltarmo-nos excessivamente para dentro de nós próprios é que nos conduz muitas vezes a situações de angústia e de nervosismo. Se olharmos para a frente, para o que é jovem e espontâneo, por muito duro que seja o que nos rodeia, por muito violenta e injusta que seja a realidade que tenta esmagar-nos, há sempre maneira de encontrarmos dentro de nós a força e a coragem de seguirmos o nosso caminho, que é o caminho da dignidade e da compreensão humana.” [Cartas a Mário Soares 1961-1974 (vol. 4) – em carta de 11-06-1968]
Palavra – “Duas pequenas palavras, repassadas de ternura e saudade, bastam, por vezes, para animar um coração desolado, para reanimar uma pessoa fatigada.” [Cartas a Mário Soares 1961-1974 (vol. 4) – em carta de 08-07-1968]

sábado, 14 de janeiro de 2012

Esperança do futuro, cadê?

Segundo a edição online do Público, os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos já sabem que vão ter cortes nos subsídios de Férias e de Natal e os do Banco de Portugal já receberam o subsídio de Férias de 2012. Entretanto, também pela mesma fonte, fica-se a saber que o Presidente da República pediu aos funcionários públicos para fazerem “mais e melhor” com “menos”, de forma a “contribuírem para manter viva a esperança do futuro”. É que a função pública já há muito sabe que não vai ter nenhum dos subsídios!...
No ano passado, enquanto eram cortados os vencimentos na função pública, os cartões de crédito dos governantes continuavam a circular e ainda há pouco se soube de verbas gastas com eles no primeiro semestre do ano.
Será que foram os funcionários públicos os culpados da crise? Será que esta pluralidade de medidas abona em favor da equidade para o país?
Dá ideia de que tudo continua na mesma e ninguém é responsabilizado, ninguém! Pagam os funcionários, que não deviam ter vivido acima das suas possibilidades!...
E o país continua a entreter-se, descobrindo que há maçonaria… enquanto as desigualdades saltam, saltam, saltam! E somos convidados a “manter viva a esperança do futuro”?... Cadê, se nem sabemos para que estamos a ser penalizados com austeridade? Cadê, se ninguém garante que os sacrifícios apontam para a tal luzita ao fundo do túnel, mesmo que ele seja muito comprido? Cadê, se todos os dias vai sendo sugerido que mais medidas de austeridade podem aparecer?
Por favor…

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Eduardo Lourenço: a Europa, a esperança, a aldeia

A propósito da atribuição do Prémio Pessoa, a revista “Atual”, do Expresso saído na 6ª feira, publicou entrevista a Eduardo Lourenço, conduzida por Rosa Pedroso Lima e por Valdemar Cruz. Nos seus 88 anos, Eduardo Lourenço continua a reflectir sobre o nosso mundo, sobre o nosso mundo que nos cerca. São excertos dessa entrevista que se reproduzem.
Crise – “A Humanidade tem muitas maneiras de se definir. Ninguém pode viver sem esperança. A esperança é uma componente do que é cada ser humano. Sempre tivemos uma visão muito eurocêntrica, mas agora estamos a entrar num pessimismo em relação à Europa. É a famosa crise. Todo o discurso, na componente económica ou financeira, é da ordem do apocalíptico. Estamos à beira do abismo. É verdade que a situação não é boa, mas este continente ainda hoje é o de maior bem-estar em todo o globo. Não há razão para que os europeus desatem a autoflagelar-se.”
Europa – “A Europa comunitária foi construída sob pressupostos negativos: a ideia de servir de tampão entre os EUA e o Bloco de Leste. Uma ideia dos EUA que nos deixou entre parêntesis. No dia em que Muro de Berlim saltou, a Europa ficou sem projecto. (…) A Europa não tem nenhuma espécie de ideologia que a mova para que lhe possa fornecer um sentido do seu próprio projecto.”
Virtual – “Pela primeira vez, vivemos num mundo ao mesmo tempo mais materialista no sentido antigo do termo e mais virtual. A novidade, agora, é que a virtualidade é mais importante que a materialidade. Nesse capítulo, continua a ser um mundo humano. Só os homens são capazes de inventar algo que não existe.”
Juventude – “Neste momento, o problema crucial do mundo é que uma parte da juventude, pela primeira vez, não tem esperança. Não chega a entrar na vida. Pode sair dela sem ter entrado na vida. Isto é novo no Ocidente. Isto é espantoso.”
Aldeia – “Só há aldeias. Porque mesmo as pessoas que vivem nos grandes meios escolhem sempre um canto que lhes serve de aldeia. A aldeia é um conjunto de casas. E no meio das casas há a casa. E nós só precisamos de viver numa casa. O problema é aqueles que sabem isso e que não têm casa.”

domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril: Portugal como "razão de esperança", diz Presidente da República

Do discurso do Presidente da República Cavaco Silva, pronunciado na Assembleia da República hoje:
SALGUEIRO MAIA – “(…) Como o retratou Sophia de Mello Breyner, Salgueiro Maia foi 'aquele que deu tudo e não pediu a paga'. Um exemplo notável para muitos Portugueses dos nossos dias, que tantas vezes cedem às seduções vazias e efémeras da sociedade de consumo e outras tantas vezes medem o valor dos homens pelo dinheiro ou pelos bens que ostentam. (…)”
36 ANOS SOBRE O 25 DE ABRIL – “(…) Neste dia, devemos ter presente um facto muito singelo: em 2010 completam 36 anos aqueles que nasceram em 1974. São mais de três milhões os Portugueses que não possuem qualquer recordação do que foi o 25 de Abril de 1974 porque, pura e simplesmente, não tinham nascido na altura. Vêem a democracia como um dado adquirido. (…)”
MEMÓRIA – “(…) Temos, pois, um dever de memória para com aqueles que nasceram já depois de 1974. Devemos ensinar-lhes o que custou conquistar a liberdade e que a defesa da liberdade deve ser um princípio de acção para os agentes políticos e para todos os cidadãos. (…)”
DESIGUALDADES - “(…) A sociedade portuguesa é hoje mais justa do que aquela que existia há 36 anos. No entanto, persistem desigualdades sociais e, sobretudo, situações de pobreza e de exclusão que são indignas da memória dos que fizeram a revolução de Abril. A sensação de injustiça é tanto maior quanto, ao lado de situações de privação e de grandes dificuldades, deparamos quase todos os dias com casos de riqueza imerecida que nos chocam. Na minha mensagem, no primeiro dia do ano de 2008, disse: “sem pôr em causa o princípio da valorização do mérito e da necessidade de captar os melhores talentos, interrogo-me sobre se os rendimentos auferidos por altos dirigentes de empresas não serão, muitas vezes, injustificados e desproporcionados, face aos salários médios dos seus trabalhadores”. Embora este meu alerta não tenha então sido bem acolhido por alguns, não me surpreende que agora sejam muitos os que se mostram indignados face aos salários, compensações e prémios que, segundo a comunicação social, são concedidos a gestores de empresas que beneficiam de situações vantajosas no mercado interno. (…)”
DÚVIDAS – “(…) Deixámos o império, abraçámos a democracia, escolhemos a Europa, alcançámos a moeda única, o Euro. Mas duvidamos de nós próprios. Os Portugueses perguntam-se todos os dias: para onde é que estão a conduzir o País? Em nome de quê se fazem todos estes sacrifícios? (…)”
PERIFERIA – “(…) No mundo actual, a periferia está onde mora a ineficiência do Estado, a falta de excelência no ensino, a ausência de conhecimento, de inovação e de criatividade, em suma, a periferia está onde mora o atraso competitivo. (…)”
MAR – “(…) Que justificação pode existir para que um país que dispõe de tão formidável recurso natural, como é o mar, não o explore em todas as suas vertentes, como o fazem os outros países costeiros da Europa? (…) Temos de repensar a nossa relação com o mar. Repensar o modo como exploramos as oportunidades que ele nos oferece. Importa afirmar a ideia de que o mar é um activo económico maior do nosso futuro. Setenta por cento da riqueza gerada no Mundo transita por mar. Devemos pois apostar mais no sector dos transportes marítimos e dos portos. Mas também no desenvolvimento de fontes marinhas de energia, de equipamentos para a exploração subaquática de alta tecnologia, de produtos vivos do mar para a biotecnologia ou das indústrias de equipamento, de reparação e de construção navais. Temos de incentivar a prospecção e exploração da nossa plataforma continental, cujo projecto de levantamento se encontra em apreciação nas Nações Unidas. (…) É essencial que criemos condições e incentivemos os agentes económicos a investir no conjunto dos sectores que ligam economicamente Portugal ao mar. (…) Sem querer transmitir a ideia de que o mar é a panaceia para todos os nossos problemas, entendo que o mar deve tornar-se uma verdadeira prioridade da política nacional. (…)”
PORTO, OUTRO PÓLO – “(…) Além da capital do País, o Porto é uma cidade que dispõe de todas as condições para ser um pólo aglutinador de novas indústrias criativas, ligadas às artes plásticas, à moda, à publicidade, ao design, ao cinema, ao teatro, à música e à dança, mas também à informática, à comunicação e ao digital. Não é de hoje a vitalidade cultural portuense, como não é de hoje a capacidade empreendedora das gentes do Norte. O Porto sempre se orgulhou da sua vida intelectual e esse orgulho é legítimo: das letras às artes plásticas, passando pela arquitectura, aí existe muito do melhor que Portugal fez nas últimas décadas. Uma aposta forte dos poderes públicos, conjugada com a capacidade já demonstrada pela sociedade civil relativamente a projectos culturais de referência, poderão fazer do Porto e do Norte uma grande região criativa, sinónimo de talento, de excelência e de inovação. Aí existe um tecido humano feito de gente activa e dinâmica, um espírito de inovação e de risco, um culto do que é novo e diferente. Há capital humano de excelência, há estabelecimentos de ensino e equipamentos de qualidade. Só falta mobilizar esforços para transformar o Porto e o Norte numa grande região europeia vocacionada para a economia criativa e fazer desse objectivo uma prioridade da agenda política. (…)”
ASSUMIR O PAÍS, ACREDITAR – “(…) É nosso o País. Temos florestas e temos o mar. Temos jovens talentosos que aqui querem viver. Temos cidades e regiões à espera de se afirmarem. É desta matéria-prima que se fazem os sonhos. No dia de hoje, celebramos a esperança dos que acreditaram, sobretudo em si próprios. Sem ilusões nem falsas utopias, devemos acreditar porque temos razões para isso. Há uma razão, acima de todas. Motivo de ser como somos, ela é a nossa maior razão de esperança. Connosco a temos, há muitos séculos, com ela vivemos desde que nascemos. Essa razão de esperança tem um nome: chama-se Portugal.”