A livraria sadina Culsete brindou
o seu público de hoje com uma excelente sessão a propósito do livro África frente e verso do escritor
português e açoriano Urbano Bettencourt (Letras Lavadas, 2012).
Foi bom estar presente numa
sessão como esta, onde se pôde ver e ouvir pessoas e manifestações tão
interessantes como: o actor Fernando Guerreiro e a sua leitura emocionada; o
actor José Nobre e a excelência da sua leitura dramatizada; o livreiro Manuel
Medeiros e a sua comoção literária, açoriana e amiga; o muito bom texto de
apresentação sobre o livro em discussão lido pela Fátima Medeiros; o bom dizer
da açorianidade conjugado com a literatura portuguesa na voz de Olegário Paz; a
simplicidade e espontaneidade certeira e madura na apreciação de Eduíno de
Jesus; a singeleza e a força literária de Urbano Bettencourt; a presença da
palavra escrita e genuína de Onésimo Teotónio Almeida, fisicamente ausente
mas a sobrevoar com a sua argúcia e o seu humor no que à literatura e à vida
diz respeito.
Muito bom ambiente, muito boa
literatura, muito bom serviço à causa e ao fascínio literário foi este que o
Manuel e a Fátima Medeiros prestaram através da Culsete!
E quanto a Urbano Bettencourt não há dúvidas de que se está perante um
muito bom escritor, com excelente trabalho sobre o equilíbrio da palavra, a
merecer destaque e reconhecimento indispensável a nível nacional. O livro apresentado
é uma boa prova disso, sobretudo agora que passam quatro décadas sobre o início
do percurso de escrita do autor, detentor de assinalável bibliografia, iniciada em
Setúbal, na primavera de 1972, com Raiz
de mágoa.
[na foto: Fátima Medeiros, Fernando Guerreiro, Urbano Bettencourt, Olegário Paz e José Nobre.]
1 comentário:
Caro João, foi um prazer participar nesta sessão que a Fátima e o Manuel Medeiros prepararam de forma tão inteligente e afectuosa.
Para ti, uma vez mais a minha gratidão pela divulgação através de «Nesta hora». Abraço.
Urbano Bettencourt
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