Foi por meados da década de 1970 que, numa carrinha das Bibliotecas Itinerantes da Fundação Gulbenkian, conheci a sátira de Mendes de Carvalho (1927-1988), através do livro Poemas de Ponta & Mola. Ficou-me sempre este título pela expressividade, pela imagem adequada ao tom satírico utilizado.
Hoje, passeando o olhar por uma banca de livros em segunda mão, prendeu-me a atenção uma antologia da sua obra, Satírica (Lisboa: Círculo de Leitores, 1974), que reúne os livros Camaleões & Altifalantes (1963) e Cantigas de Amor & Maldizer (1966), com alguns poemas, à data inéditos, do que viria a ser Poemas de Ponta & Mola (1975).
Num relance, revivi o prazer com que, há três décadas, descobri Mendes de Carvalho e atirei-me ao livro, ainda por cima a preço de pechincha.
Não pude, claro, deixar de visitar esta escrita. E, porque estamos em maré de pensar o país que somos, ainda que com laivos de emigração à mistura, trago para aqui o “País à beira-mar plantado”, saído no segundo dos livros indicados. Vale a pena ler, é um (bom) retrato…
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