domingo, 3 de fevereiro de 2013

Encontro com o Padre João Felgueiras




Há meia dúzia de meses, encontrei na net a referência ao livro Nossas memórias de vida em Timor, testemunho dos padres jesuítas João Felgueiras e José Alves Martins sobre a sua experiência dura e histórica naquele país (Apostolado da Oração, 2010 – 2ª ed.).
Era um reencontro com o padre Felgueiras (n. 1921, na zona de Guimarães), que conheci em Cernache, onde, em 1969/70, foi meu professor de Latim. Por pouco tempo, pois, ainda nesse ano lectivo, rumou para Timor.
Nunca mais nos cruzámos. Ficou-me sempre a saudade de um homem bom, extraordinariamente bom, atento, dedicado, sereno. Ao longo dos anos, várias vezes o recordei e me questionei sobre o que lhe poderia acontecer, mesmo tendo em conta o que se passava em Timor. O encontro com esse livro de memórias foi uma alegria, quer pelo reencontro, quer pelo facto de saber que o padre Felgueiras continua a espalhar imagem igual àquela que me deixou gravada.
Duas amigas minhas estão em Timor há pouco tempo. A ambas recomendei que conhecessem o padre Felgueiras e pedi-lhes que lhe dissessem desta admiração e afecto que mantenho por ele, apesar de saber que não se lembrará do jovem estudante impressionado porque éramos muitos e o tempo de convívio foi curto.
Hoje, a Cristina enviou-me uma mensagem a dizer que tinha conhecido João Felgueiras e a manifestar o seu deslumbramento. Simultaneamente, deu-me as coordenadas de uma reportagem disponível na net, produzida no ano passado, com realização de Carlos Narciso, intitulada “Padre João Felgueiras – Breve peregrinação”. São 21 minutos de testemunho, de encontro com o passado de Timor e com a liberdade, de lembrança e de lição de vida. Aqui fica o testemunho.

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