sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Minudências (5)

Houve ou não houve "caso" na Covilhã?
Pelas notícias de hoje, ficou-se a saber o que já ia sendo anunciado como óbvio: que nada de anormal aconteceu na ida de dois agentes da polícia a um Sindicato na Covilhã, nas vésperas de uma visita do Primeiro-Ministro àquela cidade e de uma manifestação que iria ser promovida na rua. Tudo foi normal, pois, como dizem as notícias, sublinhando-se que houve consenso e espontaneidade nesse encontro dos senhores agentes com os senhores funcionários do sindicato.
Haverá quem acredite e quem não acredite. Mas porquê deixar-se arrastar o tempo, com a bola de neve a aumentar, se tudo era tão simples e normal? Porque não publicitaram os responsáveis no imediato a normalidade, o consenso e a espontaneidade do acto?
Não sei se houve exageros na forma como foi comentado o encontro ocorrido entre os agentes e o sindicato nestes dias. Mas houve, por certo, o exagero do silêncio e das explicações pouco (ou nada) nítidas dos responsáveis por esta acção até à divulgação do relatório. Mesmo porque, se tudo foi tão “normal”, como compreender que tenham de ser feitas recomendações para alteração de procedimentos no mesmo relatório? O que é/está anormal, então? Ou será que não há nada mais para discutir e fazer e que, enquanto esta discussão andou, outras coisas adormeceram? Será que a verdade se credibiliza desta forma? O que é/está anormal, então?

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