sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Encontros sadinos nos Açores (5) – Morgado de Setúbal

Há uns anos, um amigo trouxe-me do Museu Carlos Machado, de Ponta Delgada, um postal reproduzindo uma natureza morta do Morgado de Setúbal, dizendo-me que era o único quadro que havia reproduzido em postal. Embora algumas das obras do Morgado de Setúbal tenham vindo até à cidade do Sado em 2009, havia a curiosidade de ver o legado que a Condessa de Cuba deixou ao Museu Carlos Machado, constituído em grande parte por telas do Morgado de Setúbal.
No entanto, essa visita não foi possível, assim tendo sido mais um desencontro do que um encontro – é que, ao visitar-se o núcleo de arte sacra do Museu, exposto na Igreja do Colégio (com um altar que é o expoente do barroco português), a informação foi clara: não se podia visitar o núcleo principal do Museu por estar encerrado para obras. “Está fechado já vai para cinco anos e não se sabe quando abrirá…” Ao perguntar-se por reproduções dos quadros do Morgado, a resposta foi idêntica: “Havia um postal, mas já acabou há muito e tão depressa não haverá nova edição…”
Não sei se a melhor palavra para o estado de espírito é "estupefacção". Lá ficou o registo, no livro dos visitantes - o fascínio e a falta de palavras para descrever o altar barroco da igreja e também a falta de palavras para qualificar o encerramento do Museu... temporário de vários anos!
Uma pessoa com quem se falava umas horas depois confirmava este tempo de encerramento, explicado por politiquices que terá havido em tempos… Não sei se sim, mas não custa a acreditar, porque tem de haver margem para que o inacreditável exista!
[Foto: Igreja do Colégio, em Ponta Delgada]

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito tem q porfiar esse Museu para q chegue aos "calcanhares" do de Setúbal...
aqrosa