quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Para a agenda: "As idades do mar"



Está quase a terminar a exposição "As idades do mar", na Fundação Calouste Gulbenkian, que reúne cerca de uma centena de obras sujeitas ao tema do mar, repartidas por seis áreas: "A idade dos mitos", "A idade do poder", "A idade do trabalho", "A idade das tormentas", "A idade efémera" e "A idade infinita". São obras vindas de várias partes do mundo, passando por várias épocas, numa junção rica, forte, intensa. Lá figuram também portugueses, entre os quais o setubalense João Vaz, com duas telas.
Uma boa e plural antologia sobre o mar!
Estive lá ontem. E não pude deixar de me lembrar de uma citação de L. S. Lowry, de 1968, numa entrevista televisiva (Tyne Tees Television): "I have been fond of the sea all my life: how wonderful it is, yet how horrible it is. But I often think:... what if it suddenly changes its mind and didn't turn the tide? And come straight on? If it didn't stop and came on and on and on and on and on... That would be the end of it all." E ainda de um outro momento, de leitura, buscado no livro de um autor muito ligado à Gulbenkian e às suas bibliotecas itinerantes, Branquinho da Fonseca, quando, em Mar santo, pôs o velho lobo do mar "Ti' Bártolo" a dizer: "O mar nã tem amigos... O mar!... Mata a gente e nã tem crime... O mar engana Cristo!... Sabes lá o qu'é o mar!... Ah, mar santo!..." Duas citações sobre o mar, para os quadros das tormentas ou do trabalho, para a imensidão e o fascínio!
Uma exposição a não perder. Nos poucos dias que faltam. Até domingo, 27. 

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